ESTÁ em curso a implementação do Projecto de Criação da Resiliência Climática na Bacia do Limpopo, que tem como objectivo a elaboração do estudo de viabilidade para a construção da Barragem de Mapai, no rio Limpopo.

Para o efeito, a Administração Nacional de Águas do Sul (ARA-SUL), reuniu-se quinta-feira com o consórcio Coba Cosutec Solomon, que vai executar a obra, num encontro que visava a apresentação pública do relatório preliminar sobre a construção do empreendimento.

A Barragem de Mapai reveste-se de importância estratégica para o desenvolvimento da província de Gaza, através da sua contribuição para a redução do risco de cheias, melhor gestão da seca e aproveitamento do potencial agrícola do vale Limpopo.

Durante o encontro apontaram-se as soluções estratégicas que deverão ser desenvolvidas na segunda fase do estudo, esperando-se que a breve trecho seja apresentado o resultado final, para depois avançar-se para a fase subsequente.

A construção da Barragem de Mapai anima a população, visto que a mesma trará enormes vantagens, sendo que um dos maiores ganhos tem a ver com a questão da produção. O administrador daquele distrito, Narciso Nhamuhungo, entende que a barragem é um passo para estimular a resiliência face às calamidades, sobretudo as cheias.

“Nós como distrito estamos felizes por saber que teremos uma barragem. Este empreendimento irá contribuir para o incremento da produção, pois teremos água em todo o período do ano”, disse, para depois ajuntar que “a barragem vai potenciar as actividades turísticas no distrito, assim como o surgimento de outros investimentos vitais naquela parcela do país”.

Narciso Nhamuhungo entende ainda que a construção da barragem é uma oportunidade de emprego para os jovens daquele ponto do país. O dirigente destacou ainda o envolvimento da comunidade para a realização do estudo.

“Não podíamos realizar qualquer tipo de actividade sem o conhecimento da população, daí que, primeiro, reunimos com eles para explicarmos os objectivos da construção deste empreendimento. Explicamos que eles são os primeiros beneficiários desta barragem”, explica Narciso Nhamuhungo.

CHÓKWÈ COM

MUITA EXPECTATIVA

Ainda sobre a construção da Barragem de Mapai, o administrador do Chókwè, Artur Macamo, destacou que este empreendimento irá beneficiar significativamente aquele distrito, sobretudo na produção agrícola.

“No distrito do Chókwè reina uma enorme expectativa com a construção da Barragem de Mapai, tendo em conta que a maior parte da população do Vale do Limpopo vive da agricultura. Fora isso temos sido os maiores afectados quando há cheias, pelo que com a construção desta infra-estrutura achamos que teremos muitas vantagens”, indica Artur Macamo.

O mesmo diz que a Barragem de Mapai irá de certa forma descongestionar a de Massingir, uma vez considerar que a mesma não consegue responder às exigências do distrito do Chókwè, no que toca à irrigação dos campos de produção.

Até ao momento ainda não há datas sobre o arranque das obras da construção da Barragem de Mapai nem sequer sobre o financiamento para o efeito, sendo que tudo depende da conclusão do estudo de viabilidade.

Não obstante esse facto, o director-geral da ARA-Sul, Hélio Banze diz que o Governo está envidar esforços no sentido de angariar parceiros que possam injectar dinheiro.

“Estamos a envidar esforços no sentido de junto dos nossos parceiros de desenvolvimento, por um lado, conseguirmos o apoio para o financiamento desta infra-estrutura e, por outro, através das parcerias público-privadas promovermos o projecto como forma de atracção para se envolverem na construção desta barragem”, clarifica a fonte.

A previsão inicial era que as obras da construção da barragem arrancassem em 2019, facto que não irá acontecer, isto porque até ao momento ainda decorre o estudo de viabilidade, esperando-se que o mesmo não leve muito tempo para a sua conclusão.

Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/sociedade/73909-comandante-da-prm-alerta-sobre-males-da-sida.html

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