MAIS de três mil pessoas residentes na cidade de Nacala-Porto, província de Nampula, consomem água potável, com a inauguração, semana passada, de um pequeno sistema de abastecimento no bairro suburbano de Muanona.

A inauguração do sistema, com capacidade de armazenar 3500 litros/hora, está inserida nas celebrações do 22 de Março, Dia Mundial da Água, cujas cerimónias centrais tiveram lugar em Nacala. 

O presidente do município de Nacala, Rui Saw, disse que, com a entrada em funcionamento do sistema, a cidade passa de 40 para 60 por cento de cobertura.

Acrescentou que é um grande passo para o alcance da meta antes da conclusão do seu mandato.

Acrescentou que neste momento estão a ser feitos grandes investimentos para concretizar tal objectivo, que conta com a colaboração de parceiros.

O inspector-geral das Obras Públicas no Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Alberto Andicena, destacou a importância de que se reveste o sistema, tendo em conta que Nacala-Porto é uma cidade que sempre teve problemas de escassez de água, devido em parte à sua própria localização geográfica.

Explicou que a escolha da cidade de Nacala para acolher as cerimónias centrais do Dia Mundial da Água se deve, fundamentalmente, ao facto de esta cidade ser vulnerável à degradação ambiental, com destaque para a erosão, que se agrava principalmente na época chuvosa, causando vários danos humanos, materiais e outros, como consequência das mudanças climáticas.

Segundo o responsável, parte destes problemas deve-se à acção humana, devendo ser sensibilizados e consciencializados sobre a conservação e uso racional da água incluindo a preservação do meio ambiente.

“Tomando como exemplo da cidade de Nacala, às vezes agravamos os problemas ambientais construindo sem regras, isto é, nos caminhos por onde passa a água. Em Moçambique vivemos situações adversas. Por um lado, temos excesso de água e, por outro, escassez da mesma. Assim somos chamados a conviver com esse cenário, daí a necessidade de adopção de estratégias para inverter a situação”, sublinhou.

A secretária permanente provincial, Verónica Langa, disse que o Governo vai continuar a envidar esforços junto dos parceiros para prover água potável a mais gente no país, sendo a inauguração do novo e pequeno sistema de Nacala exemplo disso.

Apelou para que não se continue a construir casas e outras infra-estruturas em locais susceptíveis a inundações e erosão, em canais de escoamento de águas pluviais e outros sítios impróprios, para se evitarem tragédias e outras situações adversas ao desenvolvimento do país.

A construção do novo sistema de abastecimento de água de Muanona foi financiada pela empresa Cervejas de Moçambique (CDM).

Fonte:Jornal Notícias

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