MOÇAMBIQUE e o Quénia acordaram abolir vistos em passaportes ordinários, numa medida visando introduzir uma nova era no movimento dos cidadãos entre os dois países e promover as trocas comerciais.

A isenção de vistos foi anunciada quinta-feira, em Maputo, pelo Presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta, no fórum de negócios e investimento entre Moçambique e este país africano, e resulta de um entendimento entre os dois Chefes de Estado.

Segundo Uhuru Kenyatta, os dois governos decidiram eliminar os vistos de entrada nos dois países, podendo já os cidadãos moçambicanos visitar o Quénia e vice-versa, bem como realizar negócios.

“Concordámos que a partir de hoje não haverá vistos entre os dois países. Queremos que passem a deslocar-se livremente e poderem se reunir com famílias em ambos países, porque assim ajuda o Governo na redução da pobreza, aumento de oportunidades de negócios e criação de prosperidade para os nossos povos”, disse o Chefe do Estado queniano.

Os dois governos acordaram ainda a necessidade de aumentar a frequência de voos, através das companhias aéreas dos dois países, ligando os principais pontos e cidades.

O Presidente da República,  FilipeNyusi, disse que os dois Chefes do Estado tomaram a decisão de abolir vistos de entrada entre os dois países. Segundo afirmou, os cidadãos de ambos países mantêm-se dignos da confiança em si depositada, contribuindo, com suor e dedicação, para a paz e o desenvolvimento dos seus países e da região, elevando, assim, o orgulho e a auto-estima dos respectivos povos.

“Por isso, a nossa imediata e espontânea decisão que hoje tomamos, de abolir vistos entre os nossos dois países em pleno fórum empresarial, significa a nossa vontade política de aproximar cada vez mais os dois povos, virada para a facilitação do desenvolvimento sócio-económico com o envolvimento directo do sector privado”, afirmou.

Por seu turno, o presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, disse que a abolição de vistos foi um dos assuntos do fórum de negócios e investimento do sector privado dos dois países.

Afirmou que a livre circulação de pessoas irá facilitar o desenvolvimento de negócios no futuro entre Moçambique e o Quénia.

“Uma das reclamações que o grupo de empresários do Quénia colocou foi o tempo que levou para ter a chancela de vistos”, disse.

Vuma acrescentou que Quénia é um país de referência no “Doing Business”, tendo sido considerado, nos últimos anos, pelo relatório do Banco Mundial, como um país que reformou mais a sua legislação sobre investimentos.

Fonte:Jornal Notícias

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