Um tribunal egípcio condenou ontem à prisão perpétua 65 membros do grupo Irmandade Muçulmana, entre eles o seu guia supremo, Mohamed Badía, por ataques violentos perpetrados em 2013, no sul do Egipto, contra instalações públicas, anunciou ontem fonte oficial.

O Tribunal Penal de Minia sentenciou este grupo islamita à prisão perpétua, o que no Egipto equivale a 25 anos, no âmbito do caso denominado de “actos de violência em Al Adua”, uma aldeia situada na província de Minia.

Além disso, condenou à pena de morte quatro islamitas, 16 pessoas a 10 anos de prisão e outras 10 a três anos, todos pelos mesmos crimes, de acordo com a fonte.

Em 2015, um tribunal de recurso suspendeu a pena de morte sentenciada a 183 alegados seguidores da Irmandade Muçulmana, entre eles Mohamed Badía, neste mesmo caso.

Os arguidos foram condenados por homicídio, na forma tentada, roubo, uso de força, ataque contra instalações públicas, fogo posto e posse ilegal de armas de fogo.

Os factos remontam de Agosto de 2013, quando uma onda de violência assolou a aldeia de Al Adua, na província de Minia, após o desmantelamento de vários acampamentos, onde os islamitas protestavam contra a destituição pelos militares do então Presidente, o islamita Mohamed Morsi.

Desde o golpe militar de destituição de Morsi, em Julho de 2013, numerosos membros e dirigentes da Irmandade Muçulmana foram perseguidos pela justiça egípcia, acusados de terrorismo e de incitarem à violência, entre outros delitos.

    Fonte:Jornal Notícias

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