O Presidente de São Tomé e Príncipe, Evaristo Carvalho, defendeu ontem que um trabalho digno permitirá aos cidadãos africanos e, particularmente, aos são-tomenses, “satisfazer as suas necessidades essenciais”.

O chefe de Estado são-tomense discursava na abertura de uma conferência sub-regional, de dois dias, sobre o trabalho digno, promovida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) que reúne na capital são-tomense representantes dos países da África Central e africanos de língua oficial portuguesa, sob o lema “Futuro de Trabalho que Desejamos”.

“O tema desta conferência é-nos apresentado como um desafio que devemos todos trilhar para garantirmos aos nossos cidadãos um trabalho digno. Um trabalho que fará com que as pessoas usufruam de uma vida digna, capaz de satisfazer as suas necessidades essenciais”, disse Evaristo Carvalho.

O Presidente são-tomense lembrou o “contexto internacional complexo”, onde são constantes as mudanças “no perfil de trabalho e nas expectativas dos profissionais”, o que “obriga a todos nós a uma reflexão profunda, de forma a aquilatar o futuro de trabalho que desejamos”.

Evaristo Carvalho disse estar em linha com os objectivos da OIT, que consistem na promoção de oportunidades “para que mulheres e homens possam ter acesso a um trabalho digno e produtivo, em condições de liberdade, equidade e igualdade”.

Costa Carlos, que representou neste evento as duas centrais sindicais do seu país, designadamente a União Geral dos Trabalhadores – Central Sindical (UGT-CS) e a Organização dos Trabalhadores São-Tomenses (ONTSTP), apelou à OIT para continuar a ser “um catalisador incontornável da consolidação da parceria global para o desenvolvimento”.

Exortou ainda a organização a prosseguir os esforços para que em cada um dos países “se promova trabalho digno, diminuição das desigualdades socioeconómicas, luta contra a pobreza e a fome, promoção da igualdade do género e sustentabilidade ambiental”.

A directora para África da OIT, Cynthia Samuel Olonjuwon, lembrou que cabe aos africanos “delinear o futuro do trabalho”.

“Não se trata de uma dádiva que nos é ofertada. Nós podemos delineá-lo e nós deveremos delineá-lo. Portanto, estou feliz por poder, convosco, encarar as perspectivas dos países de língua portuguesa  e da África Central para vermos que tipo de futuro para o trabalho nós queremos. E como iremos transformá-lo em realidade”, disse a directora para África da OIT.

    Fonte:Jornal Notícias

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