O Conselho Cristão de Moçambique (CCM) e a Comunidade de Sant’Egídio manifestaram ontem a sua profunda preocupação pela acção dos insurgentes que têm estado a perpetrar ataques hediondos na província setentrional de Cabo Delgado.
A inquietação foi expressa ontem, em Maputo, durante uma audiência que a Presidente da Assembleia da República (AR), Verónica Macamo, concedeu aos representantes das duas organizações religiosas.
A presidente do CCM, Felicidade Chirinda, disse que os ataques em Cabo Delgado têm estado a degradar o tecido das famílias moçambicanas.
Citada num comunicado de imprensa da AR, a que a AIM teve acesso na quinta-feira, Chirinda queixou-se igualmente da proliferação de congregações religiosas no país, muitas delas “com ideologias duvidosas”.
Por seu turno, a membro sénior da Comunidade de Sant’Egídio, Chiara Turrini, falou sobre as actividades em curso no âmbito do DREAM, um programa de assistência sanitária desenvolvido por aquela agremiação religiosa italiana e que tem como principal enfoque mulheres e crianças com HIV e SIDA. O programa DREAM privilegia, igualmente, o combate e prevenção de cancros.
A Presidente do parlamento moçambicano enalteceu o contributo que o CCM e a Comunidade de Sant’Egídio têm dispensado para o desenvolvimento do país.
Sobre o CCM, Verónica Macamo disse haver uma necessidade de legalizar as confissões religiosas existentes no país, “examinando suas ideologias”.
O CCM congrega pelo menos 24 igrejas evangélicas e duas associações. Mais de 700 confissões religiosas estão registadas no Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos.
A Presidente do mais alto órgão legislativo do país prestou, igualmente, o seu agradecimento pelo apoio multiforme que a Comunidade de Sant’Egídio tem vindo a canalizar no domínio da “consolidação e aprofundamento da democracia”, para além da assistência sanitária.

    Fonte:Jornal Notícias

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