Arrancou, há momentos, a terceira edição do RESILIÊNCIA – Festival de Literatura, que decorre no Camões, na cidade de Maputo, com a mesa 1, a debater o tema: “Políticas e caminhos das literaturas de língua portuguesa”.

O tema é abordado por Carmen Secco de origem brasileira e José Luís Mendonça  de Angola, com moderação de Conceição Siopa.

O festival Resiliência decorre até quinta-feira.

No segundo painel, vai falar-se sobre “O futuro da língua portuguesa”, nas vozes dos escritores moçambicanos M.P. Bonde e Pedro Pereira Lopes, do autor e Professor Catedrático português Valter Hugo Mãe e Carlos Reis, sob moderação do director do Camões no país, João Pignatelli.

A série de lançamentos de livros começa hoje com “Outras fronteiras”, de Ana Mafalda Leite, sob chancela da editora Cavalo do Mar.

Amanhã, a conversa volta com Domingos Carlos Pedro (Domi Chirongo), secretário-geral da Associação Moçambicana dos Autores (SOMAS), e o icónico médico Hélder Martins, a discutir “Os direitos de autores”, com a moderação do jornalista Elton Pila.

Na sequência, os escritores moçambicanos Énia Lipanga e Luís Carlos Patraquim – o homenageado desta edição – e o escritor português Valter Hugo Mãe debatem “Tendências da actual poesia em língua portuguesa”, com a moderação do escritor António Cabrita.

A série de mesas-redondas prossegue com o tema “Circulação de bens culturais e mobilidade dos escritores na CPLP”, que terá como oradores Carlos Paradona, secretário-geral da Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO), o escritor Rogério Manjate, sob moderação de Cristóvão Seneta.

Serão ainda lançados os livros “O céu não sabe dançar sozinho” (Cavalo do Mar), de uma das vozes significativas da literatura angolana, Ondjaki, e “Angola me diz ainda”, do incontornável escritor palanca José Luís Mendonça.

Para quinta-feira, estão previstas discussões sobre “O cânone literário em Angola e Moçambique: questionamentos”. Esta mesa será composta pela poetisa e pesquisadora de literatura luso-moçambicana Ana Mafalda Leite, pela académica moçambicana Sara Jona, José Mendonça e pela pesquisadora brasileira Vanessa Pinheiro, com a moderação de Alberto Mate.

“A prática narrativa em Angola e Moçambique e os caminhos da transnacionalidade” é o tema que irá reunir os escritores moçambicanos Chakil Abobacar, Lucílio Manjate, Virgília Ferrão, com o jornalista José dos Remédios a moderar.  

Este festival conta ainda, durante os três dias, com duas actividades paralelas, nomeadamente, uma oficina de escrita criativa e uma visita guiada ao mítico bairro da Mafalala.

O “Resiliência 3” decorre, propositadamente, no mês de África, da língua portuguesa e da celebração do nonagésimo sétimo aniversário do nascimento de José Craveirinha.

A presente edição deste encontro das letras é apoiada pelos governos moçambicano e português, envolvendo vários parceiros, e é um dos eventos, que marcarão de forma indelével a vida cultural do país durante o ano de 2019.

Desde 2018 que a editora Cavalo do Mar tem vindo a organizar este festival literário, tendo em vista promover o livro, a leitura e incentivar uma maior circulação das obras dos autores moçambicanos dentro e fora do país, contribuindo assim para a edificação de um sistema literário resiliente.

    Fonte:Jornal Notícias

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