Pelo menos 3.800 casos de violência doméstica foram contabilizados, no primeiro trimestre do ano em curso, sendo as províncias de Gaza, Sofala e Nampula, as que detêm recorde da situação.
Em todo o ano de 2018, as autoridades registaram mais de 28 mil casos de violência doméstica.
Os dados foram fornecidos pela directora nacional do Género, no ministério do Género, Criança e Acção Social, Angelina Lubrino, que acrescentou que os mesmos têm como base pesquisas levadas a cabo pelas autoridades, académicos e organizações da sociedade civil.
Lubrino teceu as considerações, segunda-feira, à margem da inauguração do primeiro Centro de Atendimento Integrado (CAI) de Nampula, norte do país, o que faz subir para quinze o número destas unidades, em todo o país.

“Em 2018, o país registou acima de 28 mil casos de violência doméstica, contra crianças, idosos, mulheres e homens. Actualmente, temos acompanhado o que tem acontecido com os idosos, em situações de violência perpetrada por filhos e até netos”, disse.

Como estratégia para eliminar o flagelo, Lubrino afirma que as autoridades apostam na disseminação de mensagens nas comunidades e criação de locais, para onde as pessoas possam encaminhar as suas inquietações.
“Estes centros integrados devem encorajar as pessoas a denunciarem os casos. Porém, temos que ter em conta, que isso não basta. É necessário um trabalho de sensibilização, educação familiar e cívica. Todo o tipo de processo educacional deve acontecer a todos os níveis, porque afinal de contas a violência não acontece de homem para mulher (e vice-versa), mas também contra crianças e idosos. Então, estas mensagens devem chegar até o mais recôndito lugar do nosso país”, alertou.

Lubrino explicou que os CAI possuem serviços de assistência social, saúde, policial e de aconselhamento jurídico proporcionado pelo Instituto de Patrocínio Jurídico (IPAJ).

 

    Fonte:Jornal Notícias

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