“Se amar alguém é doença… é prazer de sofrer. Se você não sofre de amor, não tem coração”. Esta é a mensagem que cabe numa das músicas mais conhecidas de Ivo Mahel, cantada lá vão bons anos com a actual apresentadora da Stv, Yara da Silva. Ora, os apreciadores da música “Prazer” ou do cantor têm, esta sexta-feira, um pretexto para estarem com Mahel numa noite para riscar o chão ao som da passada, zouk e kizomba.
O concerto de Mahel de logo a noite vai iniciar às 18 horas, na Fundação Fernando Leite Couto, cidade de Maputo, e deverá durar duas horas. Acompanhado pela Banda Unida, o cantor vai interpretar os grandes sucessos que marcaram a sua carreira e mais duas músicas que farão parte do novo disco, ainda no processo de produção.
Autor de grandes êxitos como “Mama”, “Magoado”, “Filho que é meu não é meu”, Ivo Mahel começou a cantar muito cedo, tinha na altura oito anos de idade. Aos10 anos, formou a primeira banda, de nome “Conjunto 2002”. Actuou em várias festas infantis até aos 16 anos. Dois anos depois, gravou o seu primeiro disco de originais na editora ORION. De 1997 até esta parte, gravou vários álbuns. O próximo disco é intitulado “Minha mulher, Moçambique”, com a participação de 31 músicos moçambicanos consagrados, segundo a informação avançada no site da Fundação Fernando Leite Couto.
Ao longo dos anos, Mahel participou em centenas de espectáculos, tendo partilhado o palco com grandes estrelas brasileiras, como são os casos de Alexandre Pires, Netinho de Paula, banda Sorriso Marfim, Carioca Brasileiro e Wando Brasileiro. Também partilhou o palco com Philipe Monteiro, Grace Évora, Suzana, Caló, Mariza, Calú de Brava, Banda Splash (Cabo Verde) e Bonga (Angola). Das Antilhas, Ivo Mahel dividiu o palco com a banda Kassav.
Mahel já actuou em vários países, como África do Sul, Swazilândia, Portugal, Brasil, Suécia, Suíça, Alemanha, Espanha e Finlândia.
Durante anos, desenvolveu um projecto de acção contra a proliferação da pirataria, agindo de forma física e presente em lugares como: shoppings, bazares, mercados informais, em semáforos e viajando por todas as regiões do país, vendendo de forma directa. Um trabalho que lhe rendeu disco de prata, ouro e platina, com vendas que superam mais de 40 mil unidades.
Tantos anos depois de abraçar a arte de cantar, Ivo Mahel continua firme na música, pois, para o autor, é uma coisa perpétua: “não tenho como desistir de cantar, a música está no sangue, independentemente de haver ou não condições”, afirmou o autor
Fonte:O País