DBSA empresta USD 80 milhões a EDM para “obras de emergência”

Electricidade de Moçambique (EDM) conta com 80 milhões de dólares para obras de emergência nas cidades de Maputo e Pemba. O financiamento é do Banco de Desenvolvimento da África do Sul (DBSA) e teve a intermediação do Banco Nacional de Investimentos (BNI).

As obras de emergência fazem parte de um conjunto de outros tipos que Aly Sicola criou para facilitar a procura pelo financiamento. Estas têm a duração de 18 meses, ou seja, um ano e meio.

Pediu financiamento ao BNI, mas este mostrou indisponibilidade para apoiar o projecto. Mas, para estas situações, o Banco conta com a parceria do DBSA para conceder o financiamento.

E é mesmo o DBSA que se predispôs a pagar os 80 milhões de dólares que a Electricidade de Moçambique precisa para reparações de emergência nas cidades de Maputo e Pemba.

“Na cidade de Pemba vamos montar um equipamento de compensação que, quando montado, vai poder transferir mais 14 megawatts, ou seja, haverá um incremente na capacidade de transferência em 14 megawatts”, explicou Aly Sicola, Presidente do Conselho de Administração da EDM sobre o que vai ser feito com o dinheiro na cidade de pemba, em Cabo Delgado.

Já na capital do país, outro beneficiário do empréstimo, “em que se vai mudar muitos cabos de média tensão, vamos construir muitos PS´s, mais linhas de baixa tensão, que é para permitir ligar mais consumidores”, explicou.

Mais consumidores serão ligados em outros pontos do país. Daí que se engana quem pensa que este é o fim do financiamento.

“Isto é apenas o início, esta é a fase 1. Estamos agora a trabalhar coma EDM para a segunda fase. É suposto que todo o projecto esteja perto de 160 milhões de dólares norte americanos”, disse o representante do DBSA.

O pedido de financiamento foi feito em 2016, exactamente ano em que foram descobertas as dívidas ocultas, e o dinheiro é dado a título de empréstimo comercial com garantia do Estado moçambicano. E o BNI diz que a razão da emissão da garantia é muito simples.

“Na altura em que foi solicitado este financiamento, o país estava viver momentos muito particulares, numa situação de instabilidade política e também instabilidade macro-económica, com a deterioração de quase todos os indicadores macro-económicos”, explicou Tomás Matola, Presidente da Comissão Executiva do BNI, que esclareceu que “nestas condições os investidores são muito cépticos para investir. Ainda que o projecto seja viável, há uma componente que é risco país, disso eles nunca se esquecem”.

Os projectos de emergência da Electricidade de Moçambique em Maputo e Pemba deverão terminar daqui a um ano e meio, sendo que o início está marcado para esta semana.

 

Fonte:O País

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