A  violência xenófoba na Áfricado Sul, contra estrangeiros, incluindo moçambicanos, que saldou em12 mortos, segundo dados das autoridades sul-africanas e destruição de bens e propriedades neste país vizinho, é a escolha dos jornalistas do matutino “Notícias” como o acontecimento do ano, de ponto de vista negativo.

Desde 1 de Setembro deste ano, estrangeiros na África do Sul sofreram violência xenófoba, num país que os moçambicanos consideram “irmão”, dados os laços históricos existente entre os dois países membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Pelos laços históricos existentes e que ligam os dois países e povos, ao nível de partilha de fronteiras, cooperação económica, processos históricos, concretamente a luta contra o apartheid, acreditava-se que a irmandade valia muito mais e que poderia ajudar na superação de qualquer que seja o obstáculo.

Curiosamente, Moçambique não fez parte da lista dos sete países que foram visitados pela missão sul-africana destacada para formalizar o pedido de desculpas das autoridades de Pretória, na sequência dos ataques  “odiosos”, no país vizinho.

A onda de violência contra estrangeiros resultou na morte de 12 pessoas, mais de 600 detidos e no repatriamento voluntário de  140 moçambicanos.

Estima-se que no total há pelo menos oito mil moçambicanos a residir na África do Sul, sobretudo, nas cidades de Joanesburgo, Durban e Nelspruit, onde contribuem para a economia local.

    Fonte:Jornal Notícias

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