São 30 as amostras até hoje colhidas pelas autoridades da saúde junto das pessoas que tiveram contacto com o trabalhador da Total, detectado com o novo coronavírus, semana finda, na província de Cabo Delgado, cujos resultados serão conhecidos esta quarta-feira. A informação foi tornada pública esta terça-feira, pelo Director-Geral-Adjunto do Instituto Nacional de Saúde (INS), Eduardo Samo Gudo, durante a conferência de imprensa de dados sobre a Covid-19, em Moçambique.

 

As amostras chegaram esta segunda-feira à capital do país e foram prontamente submetidas ao competente teste, sendo que o resultado será conhecido esta quarta-feira, uma vez que este dura 24 horas.

 

Falando à imprensa, na passada segunda-feira, Eduardo Samo Gudo afirmou que o caso de Cabo Delgado carece de uma investigação complexa, de modo que a conclusão seja fidedigna. Como sempre, a fonte garantiu que o trabalho está a ser executado de forma rápida e que houve rapidez na colocação de uma equipa de investigação na província de Cabo Delgado, assim como na identificação dos contactos.

 

Com um caso já recuperado da Covid-19 e sendo ligado ao Edil de Maputo, Eneas Comiche, suposto primeiro caso positivo confirmado no país, os jornalistas quiseram saber em que situação este se encontrava, depois de ter sido dispensado no Instituto de Coração, onde estava internado. Sobre a pergunta, Samo Gudo respondeu: “Existe um código de ética e deontologia médica e existe um juramento. Então, a relação médico-paciente tem de ser guiada pelos mais altos princípios de confidencialidade e respeito à privacidade de cada indivíduo, ou seja, não podendo fazer pronunciamento por uma questão de ética e se nós quebrarmos esta ética, entramos em dois cenários que são desastrosos para o Serviço Nacional de Saúde, onde o primeiro é quebrar a relação entre o paciente e o indivíduo e vamos entrar num caos de controlo da epidemia”.

 

Refira-se que Moçambique continua com nove casos activos do novo coronavírus, dos 10 já confirmados. Até ao momento, o INS já testou 424 casos suspeitos, sendo que 57 destes já cumpriram a quarentena e não desenvolveram nenhum sintoma. Em todo o país, já foram criados 15 centros, com 186 camas e duas ambulâncias para cada província. (Marta Afonso)

Fonte: Carta de Moçambique

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