A RENAMO lamentou hoje (16), em Maputo, o recrudescimento de casos de raptos a empresários nacionais e estrangeiros, apontando os últimos três acontecimentos ocorridos este mês, nas cidades de Maputo e Quelimane. 

Segundo o secretário-geral da Renamo, André Magibire, que falava em conferência de imprensa, o seu partido lamenta ainda a alegada falta de esclarecimento em relação aos casos de raptos, apontando que este tipo de crimes arrasta-se desde 2011.

“A Polícia sempre vem ao público com o discurso habitual indicando que estão a decorrer operações para a localização dos raptores”, disse, André Magibire.

Na noite do dia 11 do corrente mês, um caso ocorreu no centro da Cidade de Maputo, onde um empresário, na companhia de sua esposa, foi raptado pouco tempo depois de estacionar a sua viatura nas proximidades da sua residência, por um grupo de homens armado que vinha seguindo o casal.

Poucas horas depois, uma mulher de nacionalidade portuguesa, de 49 anos de idade, esposa de um empresário residente na província de Nampula, foi raptada na capital do país, por indivíduos igualmente armados.

Acto contínuo, ontem (15) foi protagonizado mais um rapto por quatro homens armados e mascarados contra o filho de um empresário, na cidade de Quelimane, província da Zambézia.

Magibire lembrou que a cronologia dos raptos em Moçambique dura desde Julho de 2011, onde a vítima foi um dos donos dos armazéns Atlântico, que escapou do cativeiro antes de ser pago o resgate requerido de cerca de um milhão de dólares.

Para a Renamo, é caso para dizer que a indústria de rapto é um autêntico negócio que floresce à custa do sangue de homens honestos e trabalhadores.

“Queremos avivar a memória dos moçambicanos, pois um dos objectivos da luta da Renamo é o direito à vida e é por isso que, mais uma vez, manifestamos a nossa preocupação com a contínua onda de raptos contra os agentes económicas, seus familiares e suas propriedades”, afirmou,

“Exigimos desde já que a Polícia traga os responsáveis destes actos bárbaros. Que os mandantes sejam responsabilizados, independentemente da sua categoria política ou social”, disse Magibire, acrescentando que o seu partido quer ver garantida a segurança de todos os cidadãos.

Fonte:Jornal Notícias

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