O Município de Maputo e o Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água (FIPAG) estabeleceram, hoje, uma parceria para a implementação do “Projecto Comunidades”, que visa desencorajar o consumo ilegal de água potável, através de ligações clandestinas e violações de contadores, por via do reforço da sua capacidade de intervenção nas comunidades locais.
O projecto, orçado em 100 milhões de meticais, abrange ainda a componente da melhoria do acesso à água potável e dos níveis de cobertura de abastecimento de água, através da mobilização, consciencialização e sensibilização das famílias residentes na capital do país.
Trata-se de uma iniciativa financiada pelo FIPAG-Região Metropolitana de Maputo, cuja fase inicial abarcará os distritos de municipais de KaMaxaqueni e KaMavota, devendo, a breve trecho, ser expandida para os distritos de KaMpfumu, Nlhamankulu, KaMabukwana, KaTembe e KaNyaka.
Com este projecto, o FIPAG espera gerar emprego para cerca de 150 jovens dos bairros da capital. “Vai desenvolver capacidade reforçada de homens e mulheres no fortalecimento e restauração da economia de pequena escala, além de desencorajar o consumo ilegal de água potável, através de ligações clandestinas e violações de instalações de abastecimento de água”, explicou o director geral do FIPAG, Victor Tauacale.
O Projecto Comunidades, conforme explicou Victor Tauacale, surge da necessidade de gestão participativa das comunidades nos processos comerciais do FIPAG-Região Metropolitana de Maputo, cujos parâmetros estabelecidos nos distritos municipais atribuem poderes de gestão e tomada de decisão às Secretarias dos Bairros.
Para o presidente do Conselho Autárquico da Cidade de Maputo, Eneas Comiche, o entendimento ora firmado constitui uma base sólida para se assegurar o abastecimento de água aos munícipes, envolvendo as lideranças locais, nomeadamente os vereadores, que dirigem os distritos municipais, os secretários de bairro, os chefes de quarteirão e os munícipes, em geral.
“A água é um bem precioso, escasso e finito. Por isso, ao mesmo tempo que nos empenhamos em garantir que chegue a todos e com qualidade, devemos também nos preocupar em poupá-la, promovendo o seu uso racional, vigiando para que não haja fugas e, quando verificadas, sejam notificadas a tempo às autoridades relevantes para serem reparadas com a devida urgência”, enfatizou o edil.
Importa salientar que o FIPAG-Região Metropolitana de Maputo possui uma carteira de 256.892 clientes, dos quais 139.740 são do município de Maputo.
Fonte:O País