Arrancou, hoje,  a maior feira de agronegócios do país, a  MOZGROW. No primeiro painel do evento, que abordou as Soluções tecnológicas para a agricultura sustentável, os agricultores queixavam-se das limitações enfrentadas no acesso ao financiamento pela banca.

A sexta edição da MOZGROW arrancou com os debates centrados no uso da tecnologia para o desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável.

Os presentes no evento concordaram que o uso de meios tecnológicos  é uma  solução eficaz  para acabar com a fraca produção no sector agrícola no país.

Segundo avançou Platiel Chilaule, representante da Bayer, o país tem estado a fazer um esforço para potencializar a actividade agrícola, com recurso a tecnologia, até porque “há empresas que já usam drones para regar e pulverizar.

Chilaule explica ainda  que o Governo moçambicano tem muito que fazer para que os actores do sector agrícola tenham um ambiente favorável para desenvolver a agricultura.

Algumas ações do governo passam por “criar políticas e incentivos  fiscais, bem como capacitar os produtores”.

Fauzia Matsinhe, representante da AQI, acrescenta que não é só o Governo que tem que se esforçar, mas todos os intervenientes da cadeia de produção.

Matsinhe explica que o Governo pode criar as políticas e incentivos, mas são os fornecedores de produtos e serviços que vendem as sementes e outros insumos aos agricultores, daí ser importante haver envolvimento de todos.

Samuel Alexandre, Engenheiro Agrônomo e CEO da Moza Hydroponic, sugeriu que se aproveitasse  a experiência que o Brasil tem no sector agrícola.

Alexandre diz que se deve mudar a visão que se tem da agricultura. A agricultura não deve ser vista como um sector so para agrônomos, mas de outras áreas de conhecimento.

“Temos que tirar das nossas mentes que quando falamos de agricultura estamos a falar de agrônomos. Quando falamos de agricultura estamos a falar de contabilistas, engenheiros electrónicos e outros. Quando falamos de agricultura mecanizada temos que saber quem faz a automação são engenheiros electrónicos”, disse Alexandre.

O painelista foi mais fundo ao dizer que toda a tecnologia que Moçambique usa na agricultura vem de outros países, quando “temos todas as linhagens de formação no país capazes de fazer a nossa própria coisa. Não faz sentido importarmos uma máquina de irrigação quando temos pessoas formadas nas áreas relacionadas em Moçambique.

Fonte:O País

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