A Junta Militar que governa Burquina Fasso suspendeu a estação de rádio Voz da América, sob alegação de minar a moral das tropas naquele país.  A suspensão inclui, também, uma proibição temporária dos meios locais de usar reportagens internacionais.

A Junta Militar Burkinabe tem demonstrado uma intolerância crescente às críticas à medida que a insegurança piora. Apesar das promessas iniciais de combater a insurgência, os líderes militares enfrentam uma frustração crescente relativamente à capacidade de proteger os civis.

O Conselho Superior de Comunicação acusou a Voz da América de minar a moral das tropas do Burkina Faso e do Mali durante uma emissão transmitida a 29 de Setembro. O conselho opôs-se à caracterização do recente ataque em Bamako pelo repórter como corajoso e afirmou que as operações de segurança foram criticadas injustamente.

O Conselho Superior de Comunicação declarou que toda a sincronização dos meios de comunicação nacionais com os meios de comunicação internacionais está suspensa até novo aviso.

A Junta Militar suspendeu no início do ano em curso a Voz da América e outras emissoras internacionais, incluindo a BBC África, na sequência de um relatório da Human Rights Watch que acusou os militares de execuções extrajudiciais, uma alegação que o Governo negou.

O Conselho Superior de Comunicação, também, revogou em Setembro as frequências de rádio da Rádio França Internacional, conhecida pela sua cobertura do Sahel. À medida que a liberdade dos meios de comunicação social está, cada vez mais, ameaçada, a situação no Burkina Faso reflecte uma tendência mais ampla de declínio da liberdade de imprensa na região.

Refira-se que a Junta Militar no Burquina Fasso chegou ao poder através de um golpe de Estado, ocorrido em Setembro de 2022.

Fonte:O País

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