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A Comissão Nacional de Eleições (CNE) divulgou, na tarde de ontem, os resultados finais das eleições de 09 de Outubro, que dão vitória à Frelimo e ao seu candidato presidencial Daniel Chapo, com mais de 70% dos votos, a maior vitória eleitoral de sempre do partido no poder, na história da democracia multipartidária moçambicana.

 

Num escrutínio considerado como o mais fraudulento da história de Moçambique, os dados divulgados pelos órgãos eleitorais indicam que o PODEMOS (constituído por dissidentes da Frelimo) será, a partir de Janeiro de 2025, a segunda maior força política do país, relegando a Renamo (o actual maior partido da oposição) para a terceira posição, enquanto o MDM deverá contentar-se com o quarto lugar.

 

“Carta” revisitou as listas concorrentes à Assembleia da República para saber quem serão os novos legisladores, com destaque para os deputados do PODEMOS, o novo maior partido da oposição no xadrez político moçambicano. As listas compulsadas pela “Carta” indicam que, na cidade de Maputo, o partido liderado por Albino Forquilha conseguiu eleger Carlos Tembe e Rute Manjate, como deputados, em face dos dois lugares atribuídos pela CNE.

 

Já na província de Maputo, onde o PODEMOS conseguiu seis lugares, serão representantes da população daquele círculo eleitoral, os cidadãos Sebastião Mussanhane, António Acácio, Alfredo Pelembe, Ivandro Massingue, Aristides Novela e Simião Nuvunga.

 

Na província de Inhambane, onde o PODEMOS conseguiu um mandato, Nalfa Fumo será a responsável por representar a população daquela província, no Parlamento, enquanto, em Sofala, foram eleitos deputados do PODEMOS, Chico Tomo Mapenda e Valter Mabjaia.

 

No círculo eleitoral de Manica, Mangaze Manuel e Forquilha Albino Forquilha são os únicos eleitos deputados pelo PODEMOS, tal como Mário Manguene, na província de Tete. Cacildo Basílio Muicocome, Fenando Jone e Almério Tchambule são os deputados do PODEMOS pelo círculo eleitoral da Zambézia.

 

Em Nampula, o maior círculo eleitoral do país e o único em que o PODEMOS, de acordo com a dupla CNE/ STAE, conseguiu eleger 10 deputados, deverão tomar posse, em Janeiro de 2025, os cidadãos Armando Joaquim, Luísa António, Dias Coutinho, Gonçalves Macuácua, Atija Mussa, Bonifácio Suliva, Tome Nantar, Jafete Eurico, Adelino Puaneleque e Gabriel Macuelas.

 

No círculo eleitoral do Niassa, foi eleito deputado pelo PODEMOS o cidadão Ângelo Jaime, enquanto pela província de Cabo Delgado entram Elísio Muaquina, Zainaba Andala e José Suail José.

 

Esta, sublinhe-se, é a lista (provisória) dos deputados eleitos pelo PODEMOS, estreante no Parlamento, que poderá sofrer alterações, caso os juízes do Conselho Constitucional, decidam alterar os resultados produzidos pela dupla CNE/STAE, tal como se verificou nas eleições autárquicas de 2023.

 

Sobreviventes do MDM

 

Enquanto o PODEMOS entra, pela primeira vez, no Parlamento, com o estatuto de maior partido da oposição, o MDM, que se estreou na Assembleia da República, em 2009, mantém-se na chamada “Casa do Povo”, mas como a quarta maior força política, com apenas quatro deputados, fruto de dois mandatos conseguidos em Sofala e outros dois conquistados em Nampula.

 

Com menos dois deputados que no presente mandato, o MDM deverá contar, no próximo Parlamento, com Sílvia Cheia (mandatária nacional) e Maria Fernando, em Sofala, e Leonor Souza (Secretária-Geral do partido) e Fernando Bismarque (porta-voz da actual bancada parlamentar), em Nampula.

 

Sublinhe-se que será com base no próximo Parlamento que será composta a próxima CNE e o próximo STAE, entidades responsáveis pela gestão dos processos eleitorais, tal como o próximo Conselho Constitucional, órgão máximo da justiça eleitoral no país. (A.M.)

Fonte: Carta de Moçambique

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