Abastecimento de água e saneamento: Primeiro-ministro exige melhoria de serviços

O CONSELHO de Regulação de Águas (CRA) deve assegurar que os investimentos que se fazem no sector de abastecimento de água e saneamento tenham reflexo na melhoria da qualidade dos serviços prestados ao público utente.

O apelo é do primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, que ontem empossou novos gestores da instituição. Trata-se de Susana da Graça Saranga Loforte, que assume o cargo de presidente deste organismo, Diniz Juízo e Emílio Muchanga, nomeados como vogais.

A equipa tem pela frente o desafio de garantir o acesso à água potável a toda a população, para cujo alcance o primeiro-ministro recomenda que o CRA adopte estratégias que permitam a extensão de rede de água de forma sustentável, com base na inovação das soluções técnicas que contribuam para a melhoria da qualidade dos serviços prestados.

“O Conselho de Regulação de Águas deve contribuir para o estabelecimento da confiança dos consumidores, baseada na provisão de um serviço social, economicamente justo, e satisfazer e manter o equilíbrio entre os interesses dos consumidores e os provedores do serviço”, exortou.

Das acções que devem ser implementadas para responder às crescentes demandas da população no acesso à água, destacam-se a criação de novas ligações domiciliárias, abertura de fontenários e furos de água nas zonas peri-urbanas e rurais, construção de sistemas de abastecimento de água nas zonas rurais.

Com a materialização destas acções, o Executivo pretende elevar, até 2019, as taxas de cobertura no fornecimento de água para 90 por cento e 70 por cento nas zonas urbanas e rurais, respectivamente.

Suzana Loforte, com larga experiência no sector, reconheceu que a cobertura do abastecimento de água está aquém das necessidades, mas avançou que esta pode ser alcançada com maior articulação entre o sector publico e privado, no domínio da regulação.

A nova presidente do CRA substitui Manuel Alvarinho, que destacou como principais realizações do seu exercício a expansão da rede de água para as periferias e, sobretudo, a inclusão de cerca de cinco milhões de consumidores, estimados em 80 por cento nos últimos 15 anos.