Os ataques terroristas que fustigam a província de Cabo Delgado, desdefinais de 2017, estão a reduzir a produção pesqueira nesta região do país, complicando as metas que indicavam a captura este anode pouco mais de 37 mil toneladas de pescado diverso.
A informação foi tornada pública no distrito de Metuge pela Ministra do Mar, Pescas e Águas Interiores, Augusta Maíta, acrescentando que as acções dos terroristas incidem nos distritos de Palma, Mocímboa da Praia, Macomia e Ibo, consideradosmaiores produtores de pescado em Cabo Delgado.
Maíta fez saber que aqueles distritos localizados nas regiões norte e centro de Cabo Delgadosão os que mais contribuem na produção pesqueira nesta parcela do país, mas tal não podem fazer, porque os pescadores fugiram dos centros de pesca onde exerciam a actividade.
De acordo com a ministra, neste momento podem ter-se deslocado daqueles pontos de Cabo Delgado, ricos em recursos marinhos, pouco mais de 7 mil pescadores, para zonas seguras, onde alguns não podem continuar com a actividade por falta de meios ou locais de pesca.
Segundo explicou a ministra, o número real de pescadores que abandonou seus locais de pesca, pode ser bem maior, “é um número que precisamos de actualizar, porque os pescadores continuam a sair desses locais, temos que fazer um trabalho para apuraro número exacto para planificarmos os apoios às vítimas”.
Para minimizar a queda de capturas de pescado por conta da acção dos terroristas, Maíta anunciou que o Governoconcebeu uma estratégia que passa por direccionar investimentos de insumos de pescaaos distritos de Metuge, cidade de Pemba e Mecúfi, considerados neste momento seguros para a prática daquela actividade.
“A ideia é mudarmos a abordagem e olharmos para estes distritos onde a sua contribuição não era significante, talvez porque nunca demos maior atenção no que diz respeito aos investimentos. Pelas informações que temos, o distrito de Metuge tem mais de 20 mil deslocados e maior parte das famílias são pescadoras” – disse Maíta.
Fonte:Jornal Notícias