O GOVERNO promete anunciar, nos próximos dias, as acções a tomar na sequência do acidente de viação que matou 32 pessoas em Maluana, distrito da Manhiça, província de Maputo, no passado mês de Julho.

Segundo o porta-voz do Conselho de Ministros (CM), Filimão Suaze, Vice-Ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, aquele orgão, reunido, nesta terça-feira, na sua 31ª Sessão Ordinária, apreciou o relatório da comissão de inquérito independente, por si criada, para analisar e averiguar as causas do sinistro. 

No dia 20 de Agosto, a comissão de inquérito independente que foi criada pelo CM procedeu a entrega formal do seu relatório ao Ministro dos Transportes e Comunicações, em representação do governo.

“Nesta sessão do Conselho de Ministros governo apropriou-se deste relatório e fez uma análise exaustiva. Havendo acções a serem tomadas, estas serão tomadas nos próximos dias e serão devidamente comunicadas”, disse a imprensa no final da sessão do CM.

Entretanto, a comissão de inquérito, concluiu que o acidente rodoviário foi causado por uma ultrapassagem irregular e excesso de velocidade.

Segundo informação partilhada pelo presidente da comissão, constituída para averiguar as causas do acidente, que envolveu um autocarro da transportadora Nhancale, o sinistro causou ferimentos a 27 pessoas, entre graves e ligeiros.

Segundo José Muchine, juiz conselheiro jubilado, o autocarro com passageiros abordo, seguindo no sentido Beira-Maputo, ensaiou uma ultrapassagem num local impróprio.

Apercebendo-se da inviabilidade da manobra, uma vez que no sentido contrário seguia um camião porta-contentor, o motorista do autocarro frustrou a ultrapassagem, indo embater neste camião e depois num outro que, na altura, se encontrava estacionado junto à estrada.

“Concluímos que o acidente foi causado por erro humano (ultrapassagem irregular e excesso de velocidade), uma vez que no local da ocorrência havia um sinal que proíbe aquele tipo de manobras”, explicou.

Elucidou que a velocidade com que seguiam os veículos envolvidos, nomeadamente o autocarro e o camião porta-contentor, facto aliado à carga que portavam, incluindo a do camião estacionado, concorreu para a gravidade do acidente. 

Fonte:Jornal Notícias

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