Os combatentes da luta de libertação nacional estão apreensivos com o cenário das “dívidas ocultas”, mas dizem que as suas atenções, dos militantes da Frelimo e de todo o povo devem estar centradas na busca da paz efectiva, condição “sine qua non” para o desenvolvimento do país.

Sobre as dívidas, o secretário-geral da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLN), Fernando Faustino, tranquiliza os moçambicanos afirmando que o processo está sob alçada das instituições de justiça, que em momento próprio darão o seu veredicto. O que não é correcto, segundo disse, é procurar associar este “dossier” à cinquentenária Frelimo, como partido que guia o país desde a proclamação da independência nacional.

Fernando Faustino refuta terminantemente esta associação, mesmo admitindo que dentro da organização possa haver um e outro indivíduo mancomunados com práticas ilícitas. Porém, acrescenta a fonte, tais indivíduos, à medida do tempo, vão sendo neutralizados e encaminhados à justiça.

Para o secretário-geral da ACLLN, a Frelimo é um partido político com mais de 50 anos de existência que ao longo do tempo enfrentou constrangimentos sucessivos e consecutivos, e sempre saiu vitorioso.

“Este pode ser mais um contratempo em que o partido saberá, uma vez mais, reinventar-se e partir para aquilo que é o objecto principal da sua existência: a criação de melhores condições de vida para todos os moçambicanos”, afirmou, acrescentando que as crises que viveu desde a sua existência soube superar, sendo o principal resultado a libertação da terra e do homem.

Fernando Faustino explicou que algumas dessas crises foram impostas à Frelimo a partir do exterior, ao que se pode associar o caso das “dívidas ocultas”, com epicentro num ano eleitoral, com o objectivo de afastar a Frelimo da governação do país.

“Enganam-se redondamente os que assim pensam porque a Frelimo sabe reinventar-se. Aliás, os militantes do partido Frelimo, os combatentes da luta de libertação nacional e os moçambicanos em geral não se distraem por simples insinuações. Somos maduros e sabemos o que queremos. Sabemos de onde vimos, onde estamos e para onde vamos”, disse, visivelmente preocupado, Fernando Faustino.

Faustino apelou a todos os associados e à população em geral para se concentrarem naquilo que é o essencial, que é a busca da paz efectiva para Moçambique, lembrando que o processo de implementação dos entendimentos entre o Presidente da República, Filipe Nyusi, e a liderança da Renamo se encontra na fase da desmobilização, desmilitarização de reintegração dos homens residuais daquele partido. Referiu ainda que os moçambicanos devem concentrar-se na matança indiscriminada que se verifica na província de Cabo Delgado, protagonizada por desconhecidos, com objectivos inconfessos.

“Esta é mais uma acção do inimigo que visa distrair as atenções dos moçambicanos e da Frelimo como guia. Não nos distrairemos e saberemos lidar com este assunto”, afirmou Fernando Faustino.

    Fonte:Jornal Notícias

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