O INVESTIMENTO privado da indústria açucareira moçambicana atingiu cerca de 800 milhões de dólares norte-americanos, nos últimos anos. Tal cifra representa o financiamento de quatro das seis fábricas existentes no país, nomeadamente as açucareiras de Marromeu, Mafambisse, Xinavane e Maragra, respectivamente em Sofala e Maputo.

 

João Jegue, director-executivo da Associação dos Produtores de Açúcar em Moçambique (APAMO), disse semana finda, em Mafambisse, durante ao lançamento do programa de fortificação do açúcar com vitamina A, no país, que aumentou a capacidade anual de produção instalada até cerca de meio milhão de toneladas métricas em 50 mil hectares do canavial.

Também multiplicou, substancialmente, o número da mão-de-obra em cerca de 41 mil trabalhadores, sendo que indirectamente, segundo APAMO, isto representa que cerca de 213.200 pessoas usufruem dos benefícios do emprego gerado por este sector da indústria transformadora.

Quando o processo de reabilitação das açucareiras começou a produção em Moçambique era de apenas 13 mil toneladas métricas, resultantes de uma área plantada de cana sacaria de 3.914 hectares, representando escassos postos de trabalho, tanto directos como indirectos.

Deste modo, o ramo açucareiro é apontado em Moçambique como se tornando no maior empregador na ordem de 60 por cento da área agrária deste sector industrial.  

O crescimento da capacidade de produção deste sector disparou, em cerca de 13 vezes, devido à criação pelo governo, do ambiente favorável do negócio de açúcar.

Alcançado o objectivo comum da indústria de açúcar, ainda que com desafios residuais, o Executivo desafia à referida indústria a envolver-se na parceria em curso entre si e o Programa Mundial da Alimentação, no quadro da gestão do apoio para acelerar o progresso em direcção aos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.

Tudo isto  visa reduzir a fome e melhorar o acesso a nutrientes adequados, através do Programa Nacional de Fortificação de Alimentos básicos.

Para os investigadores do ramo açucareiro, a luta contra a desnutrição significa redobrar sua intervenção, contribuindo para que os moçambicanos sejam cada vez mais saudáveis.

Num panorama em que o mercado mundial do açúcar se mostra cada vez mais distorcido e o espaço para exportação do produto se torna mais estreito, incentiva-se o foco do aumento do consumo interno, que Moçambique ainda está entre os mais baixos ao nível do planeta Terra.

HORÁCIO JOÃO

 

Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/economia/74031-acucareiras-investem-800-milhoes-de-dolares.html

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