O Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, acusa os garimpeiros ilegais escorraçados das minas de Namanhumbir, no distrito de Montepuez, como sendo os cabecilhas dos malfeitores que continuam a aterrorizar alguns distritos da província de Cabo Delgado.
A Rádio Moçambique cita Bernardino Rafael como tendo proferido estas acusações sábado, durante um comício popular que orientou em Montepuez.
Explicou que tais cabecilhas revoltaram-se contra as medidas tomadas pelo governo visando proteger a riqueza dos moçambicanos que estava a ser saqueada de forma desenfreada.
“Que fiquem a saber que algumas pessoas que estão a promover guerra nalguns distritos daqui de Cabo Delgado eram garimpeiros aqui mesmo em Montepuez. Foram esses que estavam como cabecilhas daqueles criminosos que pegavam a pedra preciosa nossa, rubi e outras, e iam entregar aos jovens, que carregavam para o litoral e depois para fora do país. Com ódio, quando fizemos a operação contra o garimpo, viraram inimigos. Começaram a nos combater”, disse Rafael.
O comandante-geral da PRM prosseguiu advertindo que ainda existem alguns focos de recrutamento de jovens em Montepuez para engrossarem as fileiras dos malfeitores.
Por isso, pediu à população para intensificar a vigilância para evitar que Montepuez seja base da logística dos malfeitores.
Esclareceu que tais terroristas usam transacções electrónicas através de uma das operadoras de telefonia móvel para movimentar dinheiro.
“Além dos recrutadores, ainda existem aqueles que usam os serviços do Mpesa para poderem fazer transacções (electrónicas) para darem a logística dos malfeitores. […] Há os que estão a usar estes serviços para prática criminosa”, denunciou.
Em Março de 2017, a PRM levou a cabo uma mega-operação que culminou com a expulsão de muitos garimpeiros de diversas nacionalidades que exploravam, ilegalmente, as minas de rubi em Namanhumbir.
Fonte:Jornal Notícias