A SEXTA legislatura da África do Sul, desde o início da democracia, em 1994, arrancou ontem, na Cidade do Cabo, com a tomada de posse dos membros da Assembleia Nacional eleitos em 8 de Maio corrente, entre os quais o Presidente da República, Cyril Ramaphosa, que ganhou um novo manado de cinco anos.

O Parlamento sul-africano confirmou Ramaphosa como o Presidente do país devidamente eleito, depois que a sua indicação pelo seu Congresso Nacional Africano (ANC) não foi contestada por outros partidos políticos.

“Declaro Cyril Ramaphosa devidamente eleito Presidente da República da África do Sul”, disse o presidente do Tribunal Constitucional, Mogoeng Mogoeng, responsável por presidir o voto de posse dos deputados.

Era expectável que Ramaphosa, também líder do ANC, fosse mantido na chefia do Estado pelos 400 parlamentares da Assembleia Nacional, onde o seu partido é maioritário. Ele presta juramento no sábado, 25 de Maio, para um mandato de cinco de anos.

Antes da eleição de Ramaphosa para a chefia do Estado, os novos deputados elegeram o presidente e o seu vice do Parlamento, cargos que foram ocupados pelos candidatos do ANC.

Thandi Modise venceu com 250 votos Richard Majola, candidato da Aliança Democrática (DA), principal partido da oposição na África do Sul. O candidato do ANC para o vice-presidente da Casa, Lechesa Tsenoli, não teve oposição e, consequentemente, foi confirmado no cargo.

Num breve declaração, Thandi Modise instou os seus colegas legisladores a respeitarem as vozes dos sul-africanos que representam e a serem “justos em todos os momentos”.

Cyril Ramaphosa, que estava entre os primeiros membros do Parlamento a serem empossados ontem, ele emitiu uma declaração, anunciando que o seu vice, David Mabuza, não ocuparia, por enquanto, o seu lugar na Assembleia, para poder tratar, antes, de acusações que pesam sobre si.

Mabuza, ex-governador da província de Mpumalanga, tem lutado para se livrar de antigas denúncias de corrupção. Um relatório da Comissão de Integridade do ANC sugere que ele havia desacreditado o partido.

“O vice-Presidente indicou que gostaria de ter a oportunidade de se defender das acusações”, disse Ramaphosa, continuando: “O vice-Presidente acredita que o ANC, como partido do governo, deve cumprir o mandato eleitoral num ambiente de confiança pública”.

Mabuza desempenhou um papel fundamental na vitória de Ramaphosa, nas acirradas eleições internas do ANC para substituir Jacob Zuma, em Dezembro de 2017. -(AFRICANEWS)

    Fonte:Jornal Notícias

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