Agricultura é incontornável se quisermos desenvolver o país

“Disponibilidade e acesso ao financiamento agrário” é o tema de debate no segundo painel da Mozgrow. A plataforma de agronegócio realizada pela Fundaso, esta tarde, tem como um dos oradores Tomás Matola, PCA do BNI, quem acredita que a agricultura é incontornável se os moçambicanos quiserem desenvolver o país. Para o efeito, é necessário que haja, em Moçambique, financiamento facilitado e adequado para o fortalecimento do sector agrário.

Mesmo atento às dificuldades que afectam os agricultores, o BNI tem-se esmerado em encontrar formas de os financiar, buscando parcerias financeiras e técnicas em instituições que cedem recursos a juros baixos ou gratuitamente. Além disso, a aposta do BNI é a capacitação de empreendedores rurais e de todos os intervenientes do processo produtivo, de modo que os agricultores, um dia, possam passar de empreendedores para empresários.

A actividade agrícola, lembrou Matola na sua intervenção, ainda é uma actividade de risco no país, por falta de vias de acesso, infra-estruturas, conhecimentos e planos de negócio. “Tudo isto torna o crédito mais caro para o sector devido ao risco. Fica difícil financiar em condições de nível de risco alto, o que interfere nas taxas de juros. Temos de atacar as deficiências que geram o risco, investindo nas vias e nas fábricas de processamento”, salientou Tomás Matola, lembrando que “sem apostarmos no agronegócio não vamos sair do subdesenvolvimento”.  

No painel “Disponibilidade e acesso ao financiamento agrário” também esteve Miguel Alves, Administrador do BCI. Para Alves, a agricultura, para deixar de ser de subsistência precisa de profissionalização que implica acesso fácil ao financiamento e aos locais de produção. Igualmente, “temos de trazer as pessoas para a inclusão financeira”, afirmou Miguel Alves.

Por fim, Pietro Toigo, Representante residente do BAD, primeiro referiu que a Mozgrow é uma iniciativa muito bem enquadrada e visionária. Depois rematou: “A fim de resolvermos os problemas da agricultura, é preciso reflectirmos sobre as razões que geram a falta de financiamento, de modo que o sector agrícola moçambicano deixe de ser fragmentado”.

Fonte:O País

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