O ministro de Estado da Casa de Segurança do Presidente da República de Angola defendeu ontem, em Luanda, a criação e manutenção permanente de estruturas para acudir à população lusófona.

A intenção foi manifestada ontem, quando Pedro Sebastião procedia à abertura da 19ª Reunião de Ministros da Defesa da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) que reflectiu sobre a cooperação dos Estados-membros no domínio das operações de paz das Nações Unidas e mecanismos de resposta conjunta na comunidade de países da lusofonia em situações de catástrofes.

O governante disse que Angola encara a cooperação na área da defesa como um elemento essencial de um leque mais vasto das relações estabelecidas entre os Estados-membros da CPLP.

“É neste contexto que reputamos como um capítulo importante de segurança nacional a questão da criação e manutenção permanente de estruturas que possam acudir aos nossos países e populações, perante situações em que forem, bruscamente, afectados e se mudou a rotina do seu quotidiano”, disse.

Segundo Pedro Sebastião, África, continente da maioria dos países que integram a CPLP, tem sido afectada por conflitos, a que se juntam outros flagelos, como a seca, ciclones ou epidemias, que exigem dos países integrantes esforços redobrados, quanto à erradicação das suas causas diz respeito.

Para uma cooperação “profícua”, Pedro Sebastião defendeu que se impõe “a remoção de eventuais barreiras e restrições subjectivas” que várias vezes a limitam, sendo, hoje, uma das formas de defesa do interesse nacional dos Estados-membros a partilha de experiências.

“Exercemos e defendemos a nossa soberania através do diálogo, da concertação política, num ambiente de confiança e solidariedade, participando de um processo de tomada de decisões que respeitem, reflictam, valorizem a especificidade de cada um dos nossos Estados”, frisou.

De acordo com o governante angolano, a comunidade lusófona continua confrontada com inúmeros desafios, que colocam à prova a vontade política dos seus membros, a eficácia das suas estruturas e os mecanismos de adaptação à nova realidade mundial caracterizada pela globalização.

“Os países da CPLP enfrentam hoje problemas da mais diversa natureza, desde económicos, alguns, até problemas de instabilidade política e social. É preciso que a comunidade encontre mecanismos susceptíveis de contribuir para a sua solução, sempre no espírito da irmandade, solidariedade e ajuda mútua. Desta forma, continuaremos a justificar a importância da nossa comunidade”, sublinhou.

 

 

 

    Fonte:Jornal Notícias

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