O escritor Anísio da Conceição lança hoje, às 17 horas, no Auditório Carlos Tembe, na cidade de Matola, província de Maputo, o seu livro de estreia “Não Sou Ninguém”.

 

 

Na obra poética, o autor, além de usar o lirismo para produzir emoções, arquitectar sentimentos e propalar o belo, também recorre ao verbo poético, especialmente, para denunciar as desigualdades e as iniquidades tatuadas na epiderme do cosmo. Este facto, evidencia-se, logo, no primeiro poema: ‘’criança desamparada/ cresces quase sem razão/aos pontapés perpetuados sucumbes/ pela madrasta que te empresta lágrimas/ na casa da malograda’’ (p.17).

 

 

O escritor Artur Da Távola, afirmou que a importância de um poeta transcende a construção de objectos materiais, pois ele usa a palavra para chegar ao outro e para interrogar sobre o mundo. Lendo ‘’Não Sou Ninguém’’, percebe-se que este poeta, não tenciona mudar o desenrolar das coisas na terra, mas, espera com seus versos esculpidos com mestria tocar o âmago das almas humanas e sugerir uma reflexão crítica em torno das atrocidades mundanas. É por isso que, no poema da página 36, o autor de ‘’Não Sou Ninguém’’ confessa: ‘’meu sonho é ser poeta/ para escrever o quotidiano despido/ tudo o que se passa ao meu redor/ porque nada no íntimo quero guardar’’.

 

    Fonte:Jornal Notícias

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