APOIANTES DO ORÇAMENTO DO ESTADO: Nyusi enaltece parceiros de cooperação

O Presidente da República, Filipe Nyusi, enalteceu os parceiros internacionais de cooperação que não suspenderam o apoio ao Orçamento do Estado (OE) e aos programas de desenvolvimento do Governo.

O Chefe do Estado manifestou o seu apreço durante o discurso proferido segunda-feira última, em Maputo, num encontro com membros do Corpo Diplomático acreditado em Moçambique e respectivos seus cônjuges.

Nyusi explicou que a ajuda concedida a Moçambique, particularmente à educação, saúde, desenvolvimento rural, concorre para o cumprimento do Programa Quinquenal do Governo. Aliás, estes são alguns dos sectores mais sensíveis no país.

“Renovamos a expressão da nossa gratidão aos parceiros de cooperação que ainda acreditam em nós e os que têm conseguido apoios para o nosso país em diversas esferas. Queremos, por isso, encorajar-vos a prosseguirem o bom trabalho realizado”, afirmou.

Sublinhou que o trabalho realizado com os parceiros deverá impulsionar as relações de cooperação na base de vantagens partilhadas. Descreveu os moçambicanos como um povo humilde, flexível, que luta pelo seu bem-estar e que manifesta interesse em cooperar com todos os países na base de vantagens mútuas.

“Somos um país com uma economia aberta para todos os que querem investir de forma honesta”, vincou.

Para este ano, é convicção do Chefe do Estado que a cooperação com os países estrangeiros vai continuar a evoluir para que os moçambicanos possam continuar a colher benefícios.

Arrolou os principais acontecimentos dos últimos três anos de sua governação, destacando a retirada de alguns parceiros de cooperação no apoio directo ao OE.

Há três anos, um grupo de 14 doadores e o Fundo Monetário Internacional decidiu suspender o seu apoio ao OE, após a descoberta de empréstimos não declarados e com garantias do Governo.

Nyusi fez questão de apresentar ao novo timoneiro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, José Pacheco.

“Ele tem como suporte uma mão feminina, veterana diplomática de carreira, a senhora Maria Manuela dos Santos Lucas, como vice-ministra”, acrescentou.

Por seu turno, o representante do corpo diplomático, Fayez Abdul Jawad, disse que o alargamento das relações diplomáticas com os vários países deverá impulsionar novos horizontes no que tange as opções de investimento e crescimento da economia moçambicana.

Jawad fez menção do discurso sobre o Estado Geral da Nação proferido pelo Chefe de Estado, em Dezembro último na Assembleia da República, sobre a credibilidade e transparência que se verifica na busca de soluções para os problemas que apoquentam o país.

Destacou que o discurso reflecte a determinação do estadista moçambicano para garantir o bem-estar dos seus concidadãos. Citou como exemplo o facto de Nyusi estar a dialogar directamente com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, sem o recurso a mediadores, para garantir a consolidação da paz em Moçambique, bem como a estabilidade política.

“A realização do diálogo directo, sem recurso a mediadores, foi sem dúvida um passo gigantesco rumo à pacificação social e a criação de uma atmosfera comum para a consolidação da paz e da estabilidade política”, disse Jawad, Embaixador da Palestina em Moçambique.

(AIM)