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Arrancou ontem a atribuição de compensações e subsídios aos transportadores para mitigar o impacto do aumento dos preços dos combustíveis, anunciou fonte da Agência Metropolitana de Transportes de Maputo.

 

Os pagamentos são feitos através de transferências bancárias e o governo moçambicano deverá canalizar cerca de 90 milhões de meticais (1,4 milhões de euros) para o processo, disse António Matos, da Agência Metropolitana de Transportes de Maputo, citado pela televisão privada STV.

 

Segundo o responsável, o valor será definido em função do “diferencial do preço do combustível desde o primeiro aumento” em março até ao preço atual, além do tipo e consumo da viatura.

 

 A decisão de atribuir um subsídio aos transportadores coletivos das capitais provinciais foi tomada após as paralisações de 04 julho, quando proprietários de autocarros e ‘chapas’, ligeiros improvisados como transporte urbano coletivo, encostaram os seus veículos em protesto contra o aumento do preço dos combustíveis, provocando longas filas e confusão nalgumas zonas da capital moçambicana.

 

Parte dos “chapeiros” que garantem a circulação nos centros urbanos moçambicanos não têm licença para a atividade, um dos requisitos para atribuição de subsídios pelo Governo.

 

Segundo Ambrósio Sitoe, porta-voz do Ministério dos Transportes e Comunicações, o governo vai acelerar a legalização dos transportadores “informais” que estão no setor, uma medida que visa evitar que alguns sejam excluídos do processo de atribuição de subsídios.

 

A Autoridade Reguladora de Energia (Arene) de Moçambique anunciou a 01 de julho a terceira subida de preço dos combustíveis deste ano, com o gás de cozinha a subir quase 20%.

 

A guerra na Ucrânia e as pressões inflacionistas globais conduziram aos novos preços, que entraram em vigor no sábado, em Moçambique.

 

A gasolina subiu de 83,30 meticais (1,24 euros) por litro para 86,97 meticais (1,30 euros) e o gasóleo passou de 78,97 meticais (1,18 euros) para 87,97 meticais (1,32 euros) por litro.

 

Em 2008 e 2010, o aumento do preço de transporte rodoviário, acompanhado do agravamento do custo dos bens e serviços essenciais, gerou revoltas populares nalgumas das principais cidades do país, resultando em confrontos com a polícia e destruição nalguns locais. (Lusa)

Fonte: Carta de Moçambique

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