A ASSEMBLEIA da República acaba de ratificar por unanimidade a prorrogação do estado de emergência proposto ontem pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, por motivo de calamidade pública.
 
Dos 250 deputados da “Casa do Povo”, participaram 217 que votaram a favor de mais 30 dias de prorrogação do estado de emergência, que vai entra em vigor a partir 0.00 horas de 1 de Maio, em todo o território nacional.
 
Aliás, o país cumpre hoje os primeiros 30 dias do estado de emergência, como medida de prevenção da propagação do novo coronavírus.
 
Entre as acções previstas para os próximos trinta dias, Filipe Nyusi, na sua comunicação à nação, arrolou a intensificação da testagem em regiões ou empresas onde haja aglomerado de pessoas e trabalhadores. 
 
Poderão ainda, segundo o Chefe do Estado, ser criados cordões ou corredores sanitários, em função das circunstâncias, para evitar que se progrida para a adopção de medidas do nível quatro, ou seja, o confinamento geral, reconhecendo os constrangimentos que tal implicaria para o grosso da população.
 
Nyusi advertiu que as medidas tomadas e outras que venham mostrar-se necessárias só terão os resultados desejados se todos colaborarem. “Por isso, em palavras simples, estou a dizer que vamos ficar em casa”, disse, traduzindo esta mensagem para várias línguas faladas no país.
 
Exortou todos os cidadãos a serem sérios e responsáveis no reforço das medidas de quarentena domiciliária; limitar a circulação interna de pessoas; cumprir o uso obrigatório de máscaras em todos os locais de aglomeração de pessoas como nas vias públicas, nos transportes colectivos e semicolectivos de passageiros, nos mercados informais, e cumprir com o distanciamento social mínimo exigido.
 
Falou ainda da promoção da participação das instituições de ensino superior no combate a esta pandemia, da necessidade de se capitalizar a ligação Polícia e comunidade na fiscalização do cumprimento de medidas como o encerramento dos locais de diversão, de modo a contrariar a tendência que ainda se regista em vários pontos do país.
 
Persistir na rotatividade laboral, evitar a aglomerações e a limitação da participação em eventos sociais, como funerais, para o máximo de 20 pessoas, são outros procedimentos que o Presidente considera determinantes para o sucesso da luta que o país trava contra a Covid-19.
 
O Chefe do Estado anunciou que será feita uma avaliação intermédia desta medida para se aferir o grau de cumprimento e determinar se haverá ou não condições para a sua alteração ou relaxamento.

    Fonte:Jornal Notícias

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