O governo moçambicano e a petrolífera francesa Total Energies assinaram segunda-feira em Maputo um Memorando de Entendimento (MoU) ao abrigo do qual as duas partes vão estabelecer um programa de formação para 2.500 jovens, que vão contribuir nos projectos futuros que a empresa pretende desenvolver em todo o país.
No âmbito do Memorando de Entendimento, assinado pelo ministro moçambicano dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela, e pelo membro da Comissão Executiva da TotalEnergies, Nicolas Terraz, as duas partes vão desenvolver um vasto leque de acções, no terreno, que se traduzirão na criação de emprego, educação e formação com impacto na normalização e estabilização da província nortenha de Cabo Delgado.
Queremos que os aldeões, as pessoas e a região entendam que estamos lá para lhes dar alguma prosperidade. Queremos que mais jovens de Cabo Delgado e Moçambique estejam envolvidos nos projetos”, disse o CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanne, acrescentando que a TotalEnergies quer cada vez mais conteúdo local envolvido.
A TotalEnergies lidera o consórcio empenhado na construção de instalações de Gás Natural Liquefeito (GNL) na Península de Afungi, no distrito de Cabo Delgado, em Palma. A empresa retirou todos os seus funcionários, na sequência de um ataque de terroristas islâmicos contra a cidade de Palma em 24 de março do ano passado.
Questionado sobre quando a TotalEnergies vai retomar as suas atividades em Afungi, Pouyanne garantiu que a segurança e a estabilidade foram alcançadas, mas são necessários mais progressos para garantir que a segurança seja sustentável.
“Foram alcançados enormes progressos e gostaria de elogiar as Forças de Defesa Moçambicanas, e as tropas ruandesas, bem como a Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM) pelos grandes avanços alcançados, mas é necessário mais”, Pouyanne.
Pouyanne acrescentou que a TotalEnergies está empenhada em ajudar Moçambique a normalizar a vida em Cabo Delgado.
Nyusi sublinhou que a visita do CEO da TotalEnergies é muito importante, pois ambas as partes irão avaliar os desenvolvimentos em curso no terreno e trabalhar em conjunto. Quando Nyusi visitou Palma, a população pediu-lhe que garantisse a liberdade de se deslocar para outros locais como Mocímboa da Praia, Mueda e também outros destinos da província sem medo. Os esforços em andamento visam garantir tal movimento. (AIM)
Fonte: Carta de Moçambique