Associações de bancos lusófonos e de Macau assinaram ontem um acordo de cooperação para potenciar investimentos, uma forma de “juntar a fome com a vontade de comer”, disse à Lusa o representante da Associação Moçambicana de Bancos.

“No fundo é quase como juntar a fome com a vontade de comer, por um lado, nós temos os fundos, que estão aqui na China e, por outro lado, as possibilidades de aplicar em inúmeros projectos para o desenvolvimento de um país como Moçambique”, sublinhou João Cunha Martins, à margem da cerimónia.

O acordo foi assinado por iniciativa da Associação de Bancos de Macau, em conjunto com a Associação Portuguesa de Bancos, Associação Moçambicana de Bancos, Associação Santomense de Bancos e a Associação Profissional de Bancos e Estabelecimentos Financeiros da Guiné-Bissau.

“Há muita liquidez. Há muitos fundos disponíveis na China, e em África, nomeadamente, em Moçambique, há muita necessidade de investimento estrangeiro. Há muitas necessidades de desenvolvimento de infra-estruturas que potenciem a economia”, acrescentou.

“O papel aqui da banca, porque no fundo nós estivemos aqui a assinar um protocolo entre as associações de bancos de vários países, acaba por ser de um pivô. Conseguir reduzir a incerteza, que é a transferência de fundos de um país para outro e conseguir de alguma forma ligar o cliente ao investidor”, explicou.

A informação de que Macau disponibiliza um fundo de investimento no valor de mil milhões de dólares, para projectos de e para países lusófonos é uma das informações dadas a conhecer, que destacou do evento.

“Hoje houve aqui bastante informação, que foi trocada e uma delas foi, precisamente, essa. Os montantes disponíveis e que já estão dentro de um fundo, que está com vontade de investir em países de língua oficial portuguesa, e, obviamente, Moçambique é um deles, são montantes de uma dimensão muito grande”, frisou.

“Do lado de Moçambique, nós, seguramente, que temos bastantes projetos e depois é preciso garantir, que esses projetos são projetos viáveis, para conseguir cativar estes fundos, que já estão disponíveis”, concluiu João Cunha Martins.

 

 

    Fonte:Jornal Notícias

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