custovidamoz min

Desde Maio passado, o aumento do custo de vida provocado pela subida de preços não para. Em Agosto passado, a subida generalizada de preços (inflação) continuou a disparar, atingindo níveis jamais alcançados nos últimos três anos, mesmo com a pandemia da Covid-19.

 

Dados recolhidos em Agosto, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), nas Cidades de Maputo, Beira e Nampula, quando comparados com o mês homólogo do ano passado, indicam que o país registou uma inflação na ordem de 12,10% contra 11,77% registados em Julho passado. 

 

Segundo a Autoridade Estatística, as divisões de Transportes e de Alimentação e bebidas não alcoólicas foram em termos homólogos as que registaram maior variação de preços com cerca de 21,34% e 17,27%, respectivamente. Esta subida de preços deriva do impacto do conflito entre a Rússia e a Ucrânia que dura há sete meses.

 

Numa comparação mensal, o INE concluiu que, em Agosto, a inflação cresceu em 0,49% em relação ao mês anterior. As divisões de Transportes e de Alimentação e bebidas não alcoólicas foram as de maior destaque, ao contribuírem no total da variação mensal com cerca de 0,36 e 0,11 pontos percentuais (pp) positivos, respectivamente.

 

Analisando a variação mensal por produto, a Autoridade Estatística observou que o destaque vai para o aumento dos preços de transportes semi-colectivos urbanos e suburbanos de passageiros (9,9%), da cebola (3,8%), do tomate (0,7%), de transportes urbanos de passageiros por autocarro (20,2%), do limão (28,2%), do frango morto (1,0%) e do peixe fresco (0,6%). Estes contribuíram no total da variação mensal com cerca de 0,44pp positivos. 

 

No entanto, o INE constatou que alguns produtos com destaque para o carapau (1,0%), as capulanas (0,5%), os lençóis e fronhas (2,9%), o coco (1,1%), as calças para crianças (3,6%) e o feijão nhemba (2,1%), contrariam a tendência de aumento de preços, ao contribuírem com cerca de 0,07pp negativos no total da variação mensal.

 

De Janeiro a Agosto do ano em curso, o país registou um aumento de preços na ordem de 7,62%, influenciado pelas divisões de Alimentação e bebidas não alcoólicas e de Transportes, que contribuiu no total da variação acumulada com aproximadamente 3,44pp e 2,81pp positivos, respectivamente.

 

Analisando a variação mensal pelos três centros de recolha, que servem de referência para a variação de preços do país, o INE notou que, em Agosto findo, todas as cidades registaram aumento de preços, com a Cidade da Beira a destacar-se com cerca de 1,83%, seguida da Cidade de Nampula com 0,20% e, por fim, a Cidade de Maputo com aproximadamente de 0,16%. (Carta)

Fonte: Carta de Moçambique

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *