As zonas rurais do país contarão com sistemas multiuso de água movidos a energia solar, que serão construídos no âmbito da parceria firmada entre o governo austríaco e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Trabalhando através da Agência Austríaca de Desenvolvimento, o Governo austríaco está a fornecer pouco mais de 1,1 milhões de euros para este projecto que visa promover o acesso a água limpa, saneamento e higiene às províncias do norte de Moçambique, que recorde-se, são as mais afectadas pela falta de água limpa.
“Graças a estes recursos, podemos agir como uma ponte de apoio financeiro em resposta às lacunas para cumprir as metas ambiciosas de água, saneamento e higiene que requerem esforços consideráveis ??na capacitação, maiores investimentos sectoriais e colaboração efectiva entre o governo moçambicano, cidadãos Moçambicanos e parceiros de desenvolvimento ”, disse em comunicado o representante do UNICEF em Moçambique, Michel Le Pechoux, citado pela APA.
De acordo com a declaração, apenas metade da população de Moçambique tem acesso a fontes de água potável e apenas um em cada cinco usa saneamento melhorado. Notou que o problema geralmente tende a “ser mais fraco nas províncias do norte” do país, como Cabo Delgado, Nampula e Tete.
Este acordo surge depois de recentemente, o governo moçambicano ter aprovado a implementação do programa Água para Vida, que preconiza que até finais de 2019, mais de 1 milhão e 700 mil pessoas terão acesso a água nas zonas urbanas e rurais.
Trata-se de uma iniciativa nacional, avaliada em mais de 80 milhões de dólares americanos, financiados na totalidade pelo Orçamento Geral do Estado.
O “O pais” sabe que a aprovação do PRAVIDA terá criado um constrangimento nos doadores, já que o país não investia no sector da água e do saneamento alegadamente porque não tinha fundos para o efeito, facto que foi desmentido com o dinheiro desembolsado para o PRAVIDA.
Outro ponto fortemente criticado pelos doadores, ao que o “O Pais” apurou, está ligado ao facto do governo investir principalmente na construção de infra-estruturas para o fornecimento de água, negligenciando o problema do saneamento no país, que constitui um dos principais vectores de doenças.
Fonte:O País