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Banco Africano de Desenvolvimento trabalha para arrecadar USD3 biliões para compensar agricultores brancos no Zimbabwe

O Banco Africano de Desenvolvimento disse na segunda-feira (15) que desenvolveu as estratégias financeiras necessárias para mobilizar mais de três biliões de dólares para indemnizar agricultores brancos que perderam as suas terras e outros activos no Zimbabwe.

 

Falando durante uma conferência de imprensa em Harare, o presidente do BAD, Akinwumi Adesina, disse que a nova proposta iria “alavancar os mercados de capitais” para evitar agravar a situação da dívida do Zimbabwe. No entanto, ele não forneceu mais detalhes.

 

”É por isso que o Banco Africano de Desenvolvimento está actualmente a trabalhar com o governo do Zimbabwe para desenvolver instrumentos e estruturas financeiras inovadoras que possam ser usadas para antecipar a mobilização de 3,5 biliões de dólares para compensações”, diz uma parte do comunicado.

 

”Encorajo os parceiros de desenvolvimento a trabalharem juntos nesta estrutura que pode ajudar a alavancar os mercados de capitais para financiar as compensações sem dívida adicional para o Zimbabwe”, acrescentou.

 

Zimbabwe concordou em 2020 em compensar os agricultores brancos locais cujas terras foram tomadas pelo governo a partir de 2000 para reassentar famílias negras, uma cartilha das políticas mais populares e polémicas da era do falecido presidente Robert Mugabe.

 

A expropriação desencadeou uma onda de sanções ocidentais e isolamento contra o Zimbabwe. A economia do país entrou em colapso devido à alta inflação e as dívidas que se seguiram. A crise levou muitos zimbabueanos a emigrar para Moçambique, à procura de meios de sobrevivência. Muitos deles operam em mercados informais nas cidades da Beira e Chimoio. (Africanews)

Fonte: Carta de Moçambique