OS bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) consideram que as minorias étnicas angolanas têm sido “esquecidas e marginalizadas” ao longo dos anos, exortando a sociedade a prestar “maior atenção” a esta franja populacional.

O posicionamento foi manifestado ontem pelo presidente da CEAST, Filomeno Vieira Dias, quando discursava na cerimónia de abertura da primeira assembleia plenária anual dos bispos da conferência angolana, que decorre até dia 14, na província do Namibe, no sul do país.

“É necessário que todos, a começar por nós, Igreja, tenhamos uma atenção e voltemos a nossa acção, os nossos recursos humanos e materiais, para estas populações. Para que possam participar no bem-estar, mo desenvolvimento e no progresso da nação como um todo”, exortou.

Segundo o presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, que é também arcebispo de Luanda, é necessário igualmente que as minorias étnicas populacionais do país “não se sintam como os irmãos mais pobres e até mesmo esquecidos”.

Filomeno Vieira Dias destacou os esforços da Igreja para com esta franja da população “que ao longo dos anos tem sido esquecida, marginalizada e abandonada”.

A província do Namibe é precisamente uma das que apresenta maior diversidade de minorias étnicas, desde logo as comunidades nómadas do deserto, como os pastores Mucubai, que ainda vivem de forma tradicional, em tribos e cabanas.

No âmbito do Dia Internacional da Mulher, ontem assinalado com o habitual feriado nacional em Angola, os bispos católicos do país saudaram e felicitaram as mulheres, realçando que a celebração da data é uma oportunidade para “reflectir sobre as injustiças e violência que muitas mulheres continuam a sofrer”. – LUSA

 

Fonte:Jornal Notícias

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