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BM à espera… do impacto do IDAI, da DFI da Anadarko e das Gerais

O Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique (BM) reuniu nesta quinta-feira (25) e decidiu continuar à espera… da avaliação do impacto do Ciclone IDAI na economia, da Decisão Final de Investimento da Anadarko e das Eleições Gerais de 15 de Outubro. Entretanto o @Verdade revelou que a economia moçambicana deve desacelerar ainda mais em 2019 e a inflação irá subir mais do que as expectativas governamentais.

Após haver aumentado de emergência, a 6 de Março último, o coeficiente de Reservas Obrigatórias em moeda estrangeira, de 27 para 36 por cento, o CPMO decidiu: manter a taxa de juro de política monetária, taxa MIMO, em 14,25 por cento, manter a taxa de juro da Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez (FPC) em 17,25 por cento, manter a taxa de juro da Facilidade Permanente de Depósitos (FPD) em 11,25 por cento, manter o coeficiente de Reservas Obrigatórias para os passivos em moeda doméstica em 14,0 por cento, e também manter o coeficiente de Reservas Obrigatórias para os passivos em moeda estrangeira em 36,0 por cento.

Claramente à espera que o Governo reveja em baixa o crescimento da economia, dos 4,7 por cento previstos para 1,8 a 2,8 por cento, e em alta a inflação média anual de 6,5 por cento para 8,5 por cento até ao final do ano o BM aguarda ainda pela Decisão Final de Investimento da Anadarko, e dos seus parceiros na Área 1 do Bloco do Rovuma.

“O mercado cambial doméstico continua sob pressão” refere o banco central no comunicado de imprensa distribuído após a CPMO indicando que o Metical mantém a tendência para depreciação iniciada em Janeiro, nesta quinta-feira (25) foi cotado em 65,30 por cada Dólar norte-americano.

“Esta perda de valor da moeda nacional, que ocorre num período em que os riscos externos se mantiveram elevados, reflecte também o excesso da procura de divisas decorrente do agravamento do défice da conta corrente, que, de acordo com os dados do IV trimestre de 2018, se deteriorou em termos homólogos em 98,8 por cento, ao atingir USD 2.008 milhões”, justifica o Banco de Moçambique.

A acontecer ainda durante o mês de Abril, como indica a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, a DFI na Área 1 da Bacia do Rovuma irá aumentar o fluxo de investimentos em divisas que somadas aos 118,5 milhões de Dólares que o Fundo Monetário Internacional vai emprestar e desembolsar nos próximos dias deverão equilibrar a deficitária Balança de Pagamentos até ao fim do ano.

@Verdade