NOVENTA mulheres da União Local das Cooperativas de Bobole, distrito de Marracuene, província de Maputo, receberam, quarta-feira, um sistema de água para melhorar a irrigação das hortas.

O sistema, movido à energia solar, é constituído por um furo e dois tanques elevados, com capacidade de 10 mil litros cada, oferecido pela Associação Moçambicana para a Promoção de Cooperativismo Moderno (AMPCM), no quadro da assistência técnica às cooperativas.

Cecílio Valentim, director executivo da AMPCM, disse que a infra-estrutura faz parte de um leque de benfeitorias que a sua instituição realiza, continuamente, visando promover o cooperativismo moderno, que se caracteriza pela rentabilidade e sustentabilidade dos projectos.

Indicou que a AMPCM presta apoio a todas as pessoas organizadas em cooperativas e as que pretendem aderir ao colectivismo, assistindo-lhes desde a criação, formação técnica, elaboração de projectos e assessoria para o acesso ao financiamento.

“Estamos vocacionados na promoção do cooperativismo, razão pela qual oferecemos uma máquina de descasque de arroz à cooperativa Ahikhomeni va Vassati  (Vamos promover as mulheres) do Chókwè, província de Gaza. Ainda este mês vamos entregar um tractor para aumentar a área de produção de 71 para 250 hectares,” contou.

A  água beneficia três cooperativas, nomeadamente Mata Fome, Ano da Vitória e Maria de Luz Guebuza, congregando 90  mulheres, no bairro Gimo O`Cossa, em Bobole. 

As  cooperativistas exploram uma área de 90 hectares, onde produzem feijão nhemba, milho e amendoim, para além de hortícolas e outras culturas de ciclo curto, para garantir o auto sustento durante todo o ano. Também tem uma plantação de 3.150 cajueiros.

Devido à falta de água, na sequência de avarias registadas nos dois sistemas usados anteriormente, as cooperativas exploravam, até então, apenas três hectares.

Elvira Germano, presidente da União Local das Cooperativas de Bobole,  disse que a AMPCM tem vindo a contribuir, de forma significativa, para o desenvolvimento das cooperativistas, o que se reflecte na mudança de condições de vida, desde a formação profissional e a renda dos integrantes.

Esperança Loforte,  cooperativista membro da “Ano da Vitória”, referiu que o sistema de água vai aumentar a produção das agremiações, garantido, desta forma, fome zero para as associadas e suas famílias.

Fonte:Jornal Notícias

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