NoticiasAI

Bruno de Carvalho despe a camisola: “Nunca quis ser um líder populista”

SSC Combined Graduate Level Examination

2nd Loop EP alt Text

Popular e não populista. Era assim que Bruno de Carvalho queria ser visto enquanto dirigente do Sporting Clube de Portugal, cargo do qual foi destituído no último sábado. O ex-presidente do clube utilizou a sua página pessoal no Facebook para “olhar para trás e de forma calma”, naquele que diz ser o primeiro dia em que despe “a camisola de Presidente do Sporting”.

Bruno de Carvalho aproveitou a oportunidade para agradecer aos sportinguistas e aos que apoiaram a sua não-destituição, mas não deixou de lamentar que o tenham visto como “um demagogo de frases feitas, que age para seu benefício e que quer levar as massas por promessas ocas mas apelativas”.

O ex-dirigente do Sporting diz que tentou ter um “discurso forte para acordar os sportinguistas” que abriu uma guerra geracional. “Estas gerações distintas não têm de estar antagonizadas. Têm todos apenas de perceber e entender os desafios do séc. XXI para um clube que, dos grandes, era o mais pequeno e o mais endividado”, pode ler-se na declaração.

Entre os agradecimentos e as lamentações, Bruno de Carvalho sublinhou os feitos conquistados ao longo dos últimos anos. Destaca a meta dos 180 mil sócios e “uma mobilização nunca vista no clube, com a Missão Pavilhão, a unificação da Curva Sul no Estádio”.

A falta de habilidade “na diplomacia” e o discurso pouco moderado foram assumidos pelo ex-presidente, que garante que “não tinha mãos a medir num trabalho e objetivo de recuperação desportiva, financeira, de imagem, que tem uma dimensão de necessidade e de empenho que ninguém imagina”.

No entanto, Bruno de Carvalho assegura que a sua incompreensão para com a hostilidade que sofreu se deveu ao facto de ter um discurso em que “o conteúdo era aparentemente 100% correto”.

“Os objetivos até estavam a ser cumpridos (exceção ao futebol sénior profissional), o sucesso ia aumentando, mas com isso também a imagem de um ditador, belicista e incapaz de se proteger”, ironiza.

Ainda assim, Bruno de Carvalho não põe de parte a hipótese de voltar a candidatar-se à presidência.

Na conclusão, deixa um apelo: “Parem com os processos disciplinares em curso, deixem aos Sportinguistas a liberdade de se candidatarem e aos outros de poderem escolher quem querem, no próximo dia 8 de setembro, a liderar o Clube, incluindo o último Presidente e o seu CD, se tal for a nossa decisão”.

Fonte:TSF Desporto