Os empréstimos do Banco Mundial a Moçambique baixaram durante o ano económico de 2020 (que parte de Julho de 2019 a Junho de 2020). Isto acontece depois de, em 2019, os créditos da instituição, ao país, terem atingido níveis históricos por causa dos efeitos dos ciclones Idai e Kenneth.

 

Dados disponíveis no site do Banco Mundial, em Moçambique, indicam que a instituição emprestou, ao nosso país, 527 milhões de USD durante os últimos 12 meses, valor que é inferior aos 700 milhões de USD registados em 2019.

 

Dos 527, o Banco Mundial detalha que 60 milhões de USD se destinaram ao sector agrícola, concretamente ao projecto SUSTENTA, 110 milhões de USD ao sector de estradas, 165 milhões de USD para mitigar os impactos dos ciclones Idai e Kenneth. Do total, consta ainda que aquela instituição de crédito mundial aprovou 75 milhões de USD para apoiar o país a alcançar o dividendo demográfico e 117 milhões de USD para o projecto de desenvolvimento urbano e descentralização.

 

Com a actual crise, empréstimos podem disparar

 

Se, por causa da necessidade de reconstrução e apoio social pós-ciclones, em 2019, os empréstimos atingiram 700 milhões de USD, verba nunca registada nos quatros anos anteriores, nos próximos meses, os créditos do Banco Mundial poderão crescer com o impacto da Covid-19. Ora, o Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, já veio a público afirmar que, para obter 700 milhões de USD necessários, conta com o apoio do Banco Mundial.

 

Criticável nesse processo é o facto de o Governo, conseguidos os empréstimos em nome dos cidadãos, não apresentar os destinos da aplicação das verbas. O Caso concreto é da aplicação dos 309 milhões de USD recentemente aprovados pelo Fundo Monetário Internacional. (Evaristo Chilingue)

Fonte: Carta de Moçambique

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