O antigo presidente interino Mahamat Idriss Déby Itno venceu as presidenciais de 06 de Maio, no Chade, segundo anúncio oficial. O seu principal rival, Succès Masra, que era primeiro-ministro do antigo Governo, contestou o resultado que considera manipulado.

Segundo resultados preliminares anunciados pela Agência Nacional de Gestão Eleitoral (ANGE), antes do anúncio oficial a 21 de Maio próximo, o presidente de transição e líder da junta militar do país, Déby Itno, alcançou 61,03% dos votos, logo na primeira volta.

Dos dados apresentados, segue em segunda posição dos mais votados o antigo primeiro-ministro e líder da oposição, Succès Masra, com 18,53%.

Succès Masra foi o responsável pela primeira declaração sobre a suposta “ilegítima vitória de Déby” e considerou-a fruto de manipulações, pois, de acordo com a contagem paralela da sua equipa eleitoral, os cálculos davam-lhe uma vitória com maioria absoluta.

Nas suas redes sociais, Masra apelou aos seus apoiantes para que fizessem protestos pacíficos. “A todos os chadianos que votaram na mudança, que votaram em mim, digo: mobilizem-se pacificamente. Façam-no com calma, com o mesmo espírito de paz que demonstraram ao pensar no futuro que vamos construir juntos. Dêem testemunho do que viram durante estas eleições. Publiquem os testemunhos, as fotografias, os relatórios das assembleias de voto e os vídeos que comprovam a dimensão da vossa vitória”, escreveu.

Enquanto alguns contestavam o resultado, a pedido de apoiantes de Déby, os militares saíram à rua e dispararam tiros para o ar em N’Djamena, a capital do país, de onde o recém-anunciado chefe de Estado garantiu que será o Presidente de todos os chadianos.

O país exportador de petróleo, com cerca de 18 milhões de habitantes, nunca teve uma transferência de poder livre e justa, desde que se tornou independente em 1960, após décadas de domínio colonial francês.

 

Fonte:O País

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