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“Chalane” faz 11 mortos e 15 mil afectados em Manica

UMA semana da passagem da tempestade tropical Chalane, a província de Manica ainda conta os efeitos deixados pelo fenómeno atmosférico. Até ontem, as autoridades locais tinham o registo de 11 mortos, dois desaparecidos, um ferido grave, milhares de desabrigados e diversos danos materiais.

As 11 pessoas mortas foram vítimas de afogamento.

Ao nível dos distritos afectados – Gondola, Vanduzi, Macate, Sussundenga e Chimoio -, 3.082 famílias, o correspondente a 15.448 pessoas, ficaram sem abrigo depois que as suas casas, a maioria de construção precária, sofreram seriamente. No total, foram 3.431 habitações, sendo 1.231 destruídas totalmente e as restantes parcialmente.

Estes dados foram avançados ontem pela governadora de Manica, Francisca Tomás, momentos após ter visitado algumas famílias afectadas, incluindo as enlutadas, nos distritos de Gondola, Chimoio e Sussundenga, no âmbito da monitoria e avaliação dos danos causados pelo Chalane, que atingiu a província no passado dia 30 de Dezembro.

O fenómeno, que foi caracterizado por ventos fortes acompanhados por chuvas torrenciais, destruiu ainda 66 salas de aula, afectando pouco mais de 6.286 alunos e 118 professores, para além de remoção de tecto de 12 unidades sanitárias.

Francisca Tomás diz que o drama teria sido muito maior, caso as comunidades não tivessem respeitado os alertas e as orientações atempadamente difundidas pelas autoridades para se retirarem das zonas propensas a inundações.

A governadora assegurou que o Conselho Executivo Provincial, através do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), vai continuar a providenciar apoios às famílias afectadas.

“Fomos ao terreno para viver in loco o impacto do ciclone Chalane. Notamos que no distrito de Gondola tivemos cinco óbitos, todos por afogamento, foram arrastados pelas águas. Na cidade de Chimoio registamos quatro e em Sussundenga um óbito”, disse, acrescentando que a população “tem que se precaver das situações, evitando atravessar os rios quando estiverem cheios, para evitar situações do género”.

A tempestade tropical Chalane também destruiu 84.929 hectares de diversas culturas, principalmente de milho.

O Chalane derrubou árvores que bloquearam vias de acesso e também atingiram cabos de transporte de energia, provocando a interrupção, por um tempo, do fornecimento da corrente eléctrica em alguns bairros da cidade de Chimoio.

Segundo a governadora provincial, as vias, entre as quais a EN 260, no troço Maquina-Dombem, e EN6 na região de Machipanda, já foram reabertas.

Fonte:Jornal Notícias