Está interrompida, desde a madrugada desta quinta-feira, a circulação do batelão que garante a ligação fluvial entre as duas margens do rio Búzi, no distrito do mesmo nome, na província de Sofala, devido à subida do caudal daquele curso de água.
Segundo a administradora do Búzi, Bernardete Roque, a situação é provocada, principalmente, pelas chuvas abundantes que se fazem sentir a montante, na vizinha província de Manica.
Consequentemente, estão sem comunicação rodoviária com a vila-sede do Búzi mais de 30 mil pessoas que vivem nos postos administrativos de Nova Sofala e Estaquinha, que incluem localidades de Bândua e Chissinguana.
Como impacto directo da paralisação do batelão que navega sobre o rio Búzi, espera-se o agravamento do custo de vida, pois os comerciantes baseados nas zonas isoladas terão que recorrer ao transporte de mercadorias a partir da cidade da Beira.
Entretanto, a interrupção da circulação daquela embarcação da extinta companhia açucareira do Búzi também dificulta a actividade do sector de Saúde, Mulher e Acção Social na assistência médica e medicamentosa às comunidades ali residentes.
As zonas isoladas no distrito do Búzi são potencialmente agro-pecuárias, florestais, turísticas e piscatórias, pelo que esta adversidade atmosférica representa um verdadeiro revês na vida das comunidades locais.
O facto acontece numa altura em que o Governo se prepara para arrancar ainda este ano com as obras de asfaltagem da estrada Tica-Buzi, Guara-Guara/Nova Sofala, ligando Casa Nova na Estrada Nacional número Um, que inclui uma ponte sobre o rio Buzi.
Segundo o director provincial das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos em Sofala, Manuel Forba, o empreendimento será financiado pelo governo da Índia, num montante ainda não revelado.
A concretização da empreitada é aguardada com imensa expectativa pelos utentes e vai resolver definitivamente o drama por que passam os residentes daquela zona costeira do sul de Sofala.
Fonte:Jornal Notícias