A LUTA contra a corrupção e outros crimes que abalam a sociedade moçambicana, sobretudo a violência doméstica, exigem o envolvimento de toda a mulher.

O apelo foi lançado na manhã de hoje, na Praça dos Heróis, pelo Secretário Permanente do Governo da Cidade do Maputo, Manuel Guimarães, durante a cerimónia de deposição de coroa de flores por ocasião da celebração do 7 de Abril, data em que, em 1971, morreu a heroína nacional, Josina Machel, vítima de doença, e consagrado Dia da  Mulher Moçambicana.  

Manuel Guimarães disse que o 7 de Abril é o dia em que os moçambicanos recordam a mulher que ousou lutar pela sua própria emancipação e libertação do país do jugo colonial. Josina Machel perdeu a vida por doença em plena luta de libertação nacional.

“Hoje exaltamos o papel desempenhado pela mulher na luta de libertação nacional, porque ela própria tomou a consciência de que sem a sua participação, provavelmente a luta contra o colonialismo poderia não avançar”, indicou o Secretário Permanente do Governo da Cidade de Maputo.

Acrescentou que Josina Machel foi uma mulher que sonhou e contribuiu com uma nova abordagem sobre a mulher em Moçambique, um legado que deve ser preservado. Destacou a participação da mulher em vários sectores de actividade, dando o seu contributo, lado a lado com o homem, para a erradicação da pobreza e desenvolvimento do país.

Explicou que só na cidade de Maputo existem 16 mil funcionários, dos quais 58 por cento são mulheres. Em termos de direcção e chefia, Manuel Guimarães indicou que dos 41 dirigentes, directores e convidados permanentes no Governo da Cidade, 17 são mulheres que assumem cargos de liderança, com muita responsabilidade.

Entretanto, Maria Supinho, do Departamento de Atendimento à Família e Menores Vítimas de Violência Doméstica, também presente na cerimónia, informou que apesar do esforço do Governo em combater a violência contra a mulher, ainda existem homens que não mudam de atitudes. Disse que só este ano, registou-se um aumento em 155 casos de violência doméstica contra a mulher.  

Este aumento de denúncias, segundo Maria Supinho, é o resultado do trabalho levado a cabo pelo Gabinete que dirige junto das comunidades, escolas, instituições públicas e privadas, entre outras, no sentido de convidar as mulheres a denunciar a violência doméstica.

Fonte:Jornal Notícias

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