Estas ações violentas seguiram-se ao rapto de 20 pessoas na terça-feira durante a feira semanal em Farabougou, no setor de Niono (centro), com nove ainda retidas. Após esta ação, os sequestradores, alegadamente ‘jihadistas’, cercaram a localidade de Farabougou, segundo os responsáveis locais.”A cidade está cortada do país por terroristas que bloquearam todas as vias de acesso”, declarou o chefe da aldeia, Boukary Coulibaly. Os habitantes que tentavam entrar caíram numa emboscada que provocou cinco mortos e 15 feridos, segundo referiu.Os assaltantes “mataram seis pessoas na sexta-feira”, disse, por seu turno à AFP um eleito da localidade sob anonimato, por motivos de segurança. Um habitante contactado por telefone confirmou que “seis civis foram mortos pelos ‘jihadistas'” e outras pessoas “estão desaparecidas”.De acordo com um representante de uma localidade situada a 15 quilómetros, “os aldeões não podem comer, não podem entrar ou sair da aldeia devido à presença dos ‘jihadistas’, que controlam tudo”.No momento da emboscada, um outro grupo transportado em carrinhas e motos “levou todo o gado de Farabougou, mais de 3.000 cabeças de bovinos e pequenos ruminantes”, garantiu outro habitante.O centro do Mali é palco de violência desde o surgimento em 2015 nesta região de um grupo ‘jihadista’ liderado pelo predicador fula Amadu Koufa, que promoveu um vasto recrutamento entre a sua comunidade.Os confrontos têm-se multiplicado entre os fulas, maioritariamente criadores de gado, e as etnias bambara e dogon, que praticam essencialmente a agricultura e que formaram “grupos de autodefesa”, com o apoio dos caçadores dogo.

Fonte : Folha de Maputo

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