A ESCRITA ficcionada será objecto de análise durante os três dias (10, 11, 12) do mês corrente em que vai decorrer “Resiliência 2”, que é um colóquio de literatura, a ter lugar no Deal-Espaço Criativo, em Maputo.

A iniciativa é da editora Cavalo do Mar, pertencente a um dos poetas mais significativos da actual geração, Mbate Pedro, e que vai juntar escritores, editoras e jornalistas culturais para discutir o actual estado das coisas no que diz respeito às artes literárias.

A ideia central deste colóquio – o primeiro teve lugar em Março – é de celebrar a literatura e o livro, debatendo sobre os actuais desafios no acesso ao mesmo, as dinâmicas na distribuição e as inúmeras barreiras editoriais num contexto social e económico difícil, onde as palavras do dia são resistir e inventar, criando utopias e sonhos.

O evento inicia com as poetisas Melita Matsinhe e Sónia Sultuane, a académica Teresa Manjate e o jornalista José dos Remédios na moderação, a debater o tema “Literatura e arte no feminino”, no dia 10 de Julho.

A mesa seguinte fará a apresentação dos livros de crónica “Missa Pagã”, de Fernando Manuel; de poesia, “Fogo Preso”, de Andes Chivangue; de entrevistas a escritores, “Os Peregrinos da Palavra”, de Marcelo Panguana; e de contos, “O voo dos Fantasmas”, de Mélio Tinga; cuja moderação será feita pelos jornalistas deste matutino, Francisco Manjate e Leonel Matusse Jr, respectivamente.

Na mesa seguinte, o poeta Armando Artur, antigo ministro da Cultura, terá uma conversa com Rinkel. E a encerrar, nas Barracas do Museu, os poetas Hélder Faife, M. P. Bonde, farão a leitura de textos de poesia.

A tarde seguinte arranca com o tema “O fim da crítica literária em Moçambique”, cujos convidados são o escritor Daniel da Costa, o académico e vice-presidente do Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa, Gilberto Matusse, e o escritor e actor Rogério Manjate, sob moderação do jornalista José dos Remédios.

“Tradução literária e os novos rumos para as literaturas africanas e portuguesa” é o tema que juntará o escritor e cronista António Cabrita, o bibliotecário Mateo Angius, Michael Kegler e a académica e tradutora Sandra Tamele.

No final do dia, no Restaurante Tree House, Luiz Ruffato e Severino Ngwenha discutem o “Brasil neurótico e o mundo em que vivemos”.

A tarde de 12 de Julho será preenchida pelo lançamento do livro “Eles eram muitos cavalos”, de Luiz Ruffato, feita pelo escritor Mia Couto. A mesa seguinte é subordinada ao tema “O lugar da lusofonia no panorama literário universal”, com os escritores Lucílio Manjate, Ungulani Ba Ka Khosa, Luiz Ruffato e Michael Kegler, sob moderação do poeta Mbate Pedro.

O colóquio encerra com um recital de poesia e música, partindo da colecção de poesia “Os Filhos do Vento” com a voz de Lalah Mahigo e Sangari Okapi, música composta por D. Manyissa, sob moderação do jornalista do semanário Domingo Frederico Jamisse.

    Fonte:Jornal Notícias

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