UMA das maiores relíquias do turismo nacional, a província de Inhambane está presente no festival Indaba, que hoje encerra em Durban, na África do Sul, com uma bagagem em que se mistura cultura, turismo e projectos de investimentos.

“Desta vez fomos multifacetados”, diz Fredson Bacar, Director Provincial de Cultura e Turismo de Inhambane, relatando a presença da artesã Olança Langa que expõe e vende diversos produtos feitos à base de cabedal, discos de música tradicional, entre outros materiais que sintetizam a componente cultural de Inhambane.

Levaram ainda pão torrado, licores, o famoso piri-piri de “Dona Rachida”, numa cesta que contempla ainda castanha de caju, amendoim torrado, entre tantos outros produtos. 

Não trazemos somente turismo, mas também temos uma forte componente cultural. Ele explica terem uma carteira de investimentos turísticos que vão contemplar, por exemplo, aquelas áreas que ainda não totalmente exploradas. E são muitas, conforme diz, destacando áreas como Vilanculos e Inhassoro.

“Entendemos que o turismo é uma área transversal, o que permite que ela interaja com outros sectores. O desenvolvimento do turismo da nossa província está ligada à agricultura, transportes, pescas, exploração de recursos naturais e minerais, e de outras infra-estruturas de suporte”, conta.

E enquanto quarto pilar do Programa Quinquenal do Governo, a implementação de qualquer acção de desenvolvimento do turismo passa, afirma, por conjungar todos os outros sectores, daí terem trazido à feira, projectos com potencial de investimentos, mas também buscam oportunidades.

“Pretendemos que esta feira possa, por um lado, reforçar a posição de Inhambane como um destino turístico preferencial e como um destino capaz de atingir não somente os mercados sul-africano e do continente africano, mas sobretudo, a partir da África do Su,l que possamos atingir outros mercados turísticos”, explica.

Aumentar a demanda do movimento turístico, passando dos actuais cerca de 450 mil turistas por ano para uma capacidade acima de 500 mil é outro desafio que se propuseram e que querem realizar ao longo do presente ano.

“É verdade que os turistas que demandarem Inhambane vão contribuir para a geração de receitas e de redes de emprego, mas entendemos que, com mais investimentos ainda podemos explorar o grande potencial que Inhambane detém. Temos dito e reiteramos que Inhambane ainda é virgem e tem muitas áreas disponíveis e as trazemos aqui para investimentos”, anota.

Visivelmente satisfeito pela sua presença, Fredson Bacar fala das suas expectativas e sublinha que há medida que marcam presença no Indaba, ano após ano, têm resultados positivos que se reflectem na demanda turística e surgimento de novos empreendimentos no sector, assim como na geração de receitas para Inhambane e o país.

A título de exemplo, recorda que em 2018 o sector de turismo é o que mais produziu no eixo global da província, com 26 por cento, seguido de agricultura.

“O turismo era aquele sector que tinha uma contribuição modesta mas, felizmente, mercê do trabalho do levantamento estatístico e da definição das amostras e inclusão de outros elementos que antes não eram incluídos, pudemos perceber que aumentou o volune de receitas”, diz. Ligado a isso, prossegue, está o controle cerrado às casas que promovem férias e hospedam ilegalmente turistas, sem pagar nada ao Estado.

“Este é um dilema que continuamos a ter, mas notamos que tem estado a reduzir o número dessas casas, pois os proprietários estão a licenciar-se como alojamentos turísticos para fins particulares”, refere, avançando que, actualmente decorre, à par de outras actividades, uma acção de reordenamento turístico das praias de Tofo, Barra, Tofinho e Rocha, que vai permitir melhor organização e utilização adequada e estruturação dessas praias.

    Fonte:Jornal Notícias

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