“Corrupção, crise financeira e instabilidade minam desenvolvimento do país”

O presidente do partido no poder, Filipe Nyusi, disse hoje na capital provincial da Zambézia que a corrupção, a crise financeira e a instabilidade em Cabo Delgado são alguns dos vários males que minam o desenvolvido do país.

O dirigente da Frelimo falava na cidade de Quelimane, onde orientou a reunião do Comité Nacional da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLIN).

Em relação à instabilidade em alguns distritos da província nortenha de Cabo Delgado, assolados pelos ataques armados desde Outubro de 2017, Filipe Nyusi considerou que se tratava de um fenómeno psicológico que marca ausência da paz efectiva e sólida no país, o que limita a capacidade do Governo realizar projectos do rumo ao desenvolvimento.

O presidente da Frelimo disse que o problema em questão seria debatido “com profundidade” no encontro da ACLIN “de modo que os combatentes” contribuam no restabelecimento da estabilidade nos distritos afectados. Contudo, “o país está a caminhar de forma satisfatória rumo ao desenvolvimento sustentável”.

Filipe Nyusi não passou ao lado dos ciclones Idai e Kenneth, que em Março e Abril últimos arrasaram o centro e norte do país. Segundo ele, o país recuou na área das infra-estruturas sociais e, lamentavelmente, houve mortes. Na ocasião apelou aos moçambicanos a serem resilientes e identificar soluções locais para retomar a vida.
 
O presidente da Frelimo enalteceu, mais uma vez, o apoio da comunidade internacional às vítimas das intempéries, em particular por muito terem feito para salvar vidas humanas e auxiliar na provisão de alimentos.
 
“Reiteramos que a reconstrução pôs-ciclone ocorra nos moldes como temos vindo a desenhar, dando ênfase à inclusão e transparência na gestão dos recursos alocados para este fim”, disse Nyusi.
 
Relativamente ao Comité Nacional da ACLIN, o presidente da Frelimo instou os membros da agremiação a trabalharem afincadamente para que os resultados das eleições gerais de 15 de Outubro sejam satisfatórios para a Frelimo e seu (re)candidato à Presidência da República.

“Saudamos a todas as chefias das bases que, apesar das dificuldades de ordem financeira, patrimonial e estrutural, esmeram-se, dia e noite, para que a ACLIN se mantenha firme em defesa das conquistas alcançadas pela independência nacional”, disse o dirigente do partido no poder.

Nyusi fez saber que o país conta com mais de 97 mil combatentes registados, dos quais 99% recebem as suas pensões.
 
A reunião que homenageou o falecido general Bonifácio Gruveta Massamba pelos seus feitos enquanto membro da ACLIN e analisou, com preocupação, a questão da assistência médica e medicamentosa dos combatentes, atribuição de subsídios de funeral, fixação de pensões, projectos económicos e atribuição de bolsas de estudo para os filhos dos combatentes, entre outros assuntos.

 

 

Fonte:O País

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