A pandemia da COVID-19 pode comprometer o leilão de rubis agendada para Dezembro deste ano. O novo coronavírus está, igualmente, a prejudicar as rejeitas da Montepuez Ruby Mining. No primeiro semestre do ano passado, a mineradora facturou cerca de 50 milhões de dólares e os lucros de 2020 ainda são uma incerteza.

O novo coronavírus está a afectar o negócio das chamadas pedras preciosa rosa a vermelho-sangue e as contas da Montepuez Ruby Mining, que já tem alguns funcionários infectados pela doença, vê as contas complicarem. O leilão de rubis que tinha sido agendado para o mês de Junho, por exemplo, não foi realizado e o de Dezembro também está comprometido.

“No leilão de Junho, nós prevíamos vender um milhão de pedras e a nossa expectativa era superar os ganhos do mês homólogo de 2019 bem como dos anos anteriores”, indicou Samora Machel Júnior, PCA da Montepuez Ruby Mining, sem especificar as perdas decorrentes do cancelamento do evento, pois “a pandemia afectou-nos bem antes do processo do leilão é difícil estarmos a falar de números porque a COVID-19 comprometeu as nossas actividades que tinham sido agendadas até ao próximo leilão, o que nos permitiria ter resultados exactos do leilão”.  

Além dos leilões comprometidos, a mineradora de rubis teve um lucro de cerca de 50 milhões de dólares no primeiro semestre do ano passado, valor que poderá não conseguir este ano devido aos impactos da COVID-19.

“Nos anos anteriores, o nível da nossa facturação girava em torno dos 100 milhões de dólares e este ano achávamos que iriamos superar esta facturação, tendo em conta a qualidade do produto que vendemos e a ansiedade por parte dos compradores”, disse Samora Machel Júnior, num tom de desgosto. 

Sem especificar o número e muito menos entrar em detalhes, a Montepuez Ruby Mining confirmou que há funcionários da mineradora infectada pela COVID-19 e garantiu que os mesmos estão a ter seguimento do pessoal da saúde.

“Tecnicamente, o acampamento está em lockdown. Isso quer dizer que estas pessoas (com COVID-19) estão isoladas e são todas assintomáticas e, obviamente, todas as pessoas que estão dentro do acampamento estão a cumprir o protocolo como forma de evitar que haja disseminação da doença no seu interior”, revelou Raime Pachinuapa, da Montepuez Ruby Mining

E por causa dos impactos negativos do novo coronavírus, a mineradora viu-se, ainda, obrigada a suspender os contatos de trabalho com, pelo menos, 60% dos trabalhadores de um universo de 1400 colaboradores. 

 

 

Fonte:O País

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