CADA unidade sanitária do país terá disponível duas tendas para o atendimento de casos de tosse e febre, no âmbito das medidas de prevenção e vigilância da covid-19 nas comunidades, uma doença que já infectou 10 pessoas em Moçambique e matou acima de 70 mil em todo o mundo. 

Ao todo, são quatro mil tendas disponíveis, fruto da parceria do Ministério da Saúde e várias entidades que contribuíram, igualmente, para o reforço da capacidade de transporte de pacientes, o que permitiu a colocação de mais duas ambulâncias porcada província.

Segundo Rosa Marlene, directora nacional de Saúde Pública, 586 camas estão disponíveis para o internamento e tratamento de infecções por coronavírus a nível nacional, e o país já dispõe de profissionais de saúde treinados para lidar com a pandemia.

Falando ontem na habitual conferência de imprensa de actualização de dados sobre a covid-19 no mundo e em Moçambique, Rosa Marlene referiu que até ao dia 6 de Abril o nosso país já tinha examinado um cumulativo de 360 suspeitos, quatro dos quais em 24 horas.

“Dos novos casos testados, todos se revelaram negativos para acovid-19. Assim, o nosso país continua com os 10 casos positivos, sendo três de transmissão local e sete importados. Dos 196 contactos que estavam em seguimento nos últimos dias, 57 já cumpriram os 14 dias de quarentena e não desenvolveram nenhuma sintomatologia de infecção do novo coronavírus”, disse.

A directora nacional de Saúde Pública enalteceu a importância do cumprimento das medidas de prevenção anunciadas através do decreto presidencial, tais como a quarentena obrigatória para todas as pessoas que tenham viajado recentemente para fora do país ou que tiveram contacto com casos confirmados de SARS-CoV- 2.

Recordou ainda a necessidade de se evitaremaglomerados, manter-se o distanciamento social de pelo menos um metro e meio, lavagem das mãos constantemente com água e sabão ou desinfectá-las usando álcool ou hipoclorito de sódio, mais conhecido por lixívia (javel).

É apostando na prevenção que, segundo Eduardo Samo Gudo, director-geral-adjunto do Instituto Nacional de Saúde, Moçambique poderá não atingir os níveis alarmantes de infecções pelo novo coronavírus.

“Neste momento, chamam-se os valores de cidadania de todos os moçambicanos, de comprometimento, de responsabilidade, porque esta luta só será vencida se todos colaborarmos, agirmos de maneira coordenada, serena e sem pânico. Apelamos à população para que colabore e assegure que o nível de transmissão seja suprimido e o impacto desta epidemia em Moçambique seja o menor possível”, frisou. 

 

    Fonte:Jornal Notícias

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